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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Livro que estou lendo: VIVER A VIDA NÃO VIVIDA

Aos poucos vou colocando trechos... Vocês já pensaram que tem-se ainda muito para experimentar, que podemos olhar para isto e que mais ainda somos responsáveis por nossas escolhas.
Segue uma citação:

O que é a vida não vivida? Ela inclui todos aqueles nossos aspectos essenciais que não foram integrados de maneira adequada à nossa experiência. Podemos ouvir, á distância, o rufar dos tambores da vida não vivida nos murmúrios que passam no fundo de nossa cabeça -" Eu teria-poderia-deveria" -, em críticas e comentários sobre as escolhas que já fizemos na vida e nas lembranças nostálgicas que surgem tarde da noite. [...]
E por aí vai... Para tudo que escolhemos (ou que foi escolhido para nós), há alguma outra coisa que não foi "escolhida". Johnson & Ruhl, p.13-14.


Bom dia, o que posso fazer hoje por mim? E também por algo mais elevado e duradouro? Posso experimentar um novo caminho? 

terça-feira, 17 de maio de 2011

O outro- livro de Gustavo Barcellos

Uma citação:
A rivalidade - na qual adentram ciúme e inveja - é então a sombra da intimidade e da cooperação; fere diretamente nossa capacidade de "familializar-nos", lançando-nos no " exílio". É com o irmão que aprendemos a dividir, compartilhar, onde aprendemos horizontalidade nas relações; portanto, a sensiblidade para a igualdade começa aqui. a rivalidade entre irmãos, essa ferida na igualdade, afeta profundamente nossa habilidade posterior de compartilhar e dividir, de pertencer e estar nos grupos, nas vizinhanças. Afeta portanto a amplitude da alma no mundo horizontal. em outras palavras, afeta nossa experiência de comunidade.

Mas é por meio dessa sombra que somos, por outro lado, também iniciados nas distinções entre amigo-inimigo, que é o aspecto mais avançado das distinções que devemos fazer entre companheiro-adversário, familiar-estranho, alteridade-singularidade. [...]
O irmão é a base arquetípica para a construção do Outro, e para a recriação de uma ideia e um sentido de comunidade dentro das novas ordens do Ocidente contemporâneo. p.56.

domingo, 15 de maio de 2011

Artigos Junguianos

Gostaria de indicar o site do INSTITUTO JUNGUIANO DO RIO GRANDE DO SUL, para a leitura de artigos.  Sempre temos artigos de grande valor para o SER.
www.ijrs.org.br/

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Infidelidade e Segredo...

Ainda de nosso pesquisa Casamento na Visão Junguiana:

      A relação extra-matrimonial em segredo: “constitui uma injustiça com a outra pessoa no casamento e, quando vem à tona, julga-se que o prejuízo foi causado pelo cunho secreto mantido.”

Surge a ferida, confiança alterada, diminuição de auto-estima, e dificilmente a relação será reconstruída.
     Uma pessoa que ama secretamente tende a prejudicar a si mesmo ou a si mesma. O motivo é a energia gasta para guardar o segredo. Os segredos são como rolhas de cortiça que só se mantém debaixo da água sob constante pressão.
     Por essa razão perdemos alguma energia psíquica quando procuramos conservar oculta uma vida secreta.
     O homem também prejudica sua própria alma quando prejudica a mulher da vida dele porque aliena a sua anima.
     Não podemos tentar encontrar a felicidade e a plena realização à custa de outra pessoa, sem prejudicarmos nossas próprias almas no processo.

Casamento na Visão Junguiana

Preparamos um seminário com este título... Muitos autores, muitas citações, vou colar algumas, para reflexão.

A escolha do casamento embora pareça ser uma escolha livre dependerá do grau de consciência ou inconsciência entre os parceiros, podendo se dizer que há uma coação do destino.

Esta coação é claramente vista entre apaixonados, e quando falta este apaixonamento pode ser uma coação menos agradável.
Esta coação é movida por motivos inconscientes tanto pessoais como gerais, podendo ser por influência dos pais.
Quando existe uma relação positiva entre o rapaz e sua mãe e entre a moça e seu pai a escolha do parceiro será facilitada e semelhante ao progenitor. Mas a partir de uma relação inconsciente não necessariamente positiva esta influenciará e dificultará a escolha do consorte.
Então a relação inconsciente com os pais pode facilitar ou dificultar um relacionamento.

Autobiografia em cinco pequenos capítulos!

Lembrei-me que ainda não tinha postado este, tenho como autor desconhecido e considero um modelo maravilhoso... para viver, parar de carimbar o erro.. experimentar o que se gostaria e não o que se repete.



Capítulo  I

Caminho pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio dentro dele.
Estou perdido... Estou indefeso.
Não é minha culpa.
É preciso a eternidade para conseguir sair.


Capítulo  II


Há um buraco fundo na calçada.
Finjo que não o vejo.
Caio dentro dele de novo.
Não consigo acreditar que estou neste mesmo lugar.
Mas não é minha culpa.
Ainda é preciso um longo tempo para conseguir sair.


Capítulo III

Há um buraco fundo na calçada.
Eu vejo que está lá.
Ainda caio dentro dele... É um hábito...
mas, meus olhos estão abertos.
Eu sei onde estou.
É minha culpa.
Saio imediatamente.

 

Capítulo IV

Caminho pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta ao redor dele.


Capítulo  V
Caminho por outra rua.







Vida após a morte...

Jung dizia que cada um deve ter suas idéias com respeito a questão da vida a pós a morte, ou da origem e significado da vida... O seu mito pessoal.
Ter o próprio mito quer dizer sofrer e se debater com uma questão até que uma resposta brote das profundezas da alma.
Não quer isso significar que tenha chegado à verdade definitiva, mas sim que essa verdade que lhe ocorreu é relevante para você, na forma como a conhece. Acreditr nessa verdade ajuda a pessoa a se sentir bem.

domingo, 1 de maio de 2011

A segunda metade da vida... Um novo olhar!

Jung em a Natureza da Psiquê §784,  se refere a segunda metade da vida dizendo:

       O pior de tudo é que pessoas inteligentes e cultas vivem sua vida sem conhecerem a possibilidade de mudanças. Entram inteiramente despreparadas na segunda metade de suas vidas. Ou existem, porventura universidades que preparem essas pessoas para sua vida futura e para suas exigências, da mesma forma como há universidades que introduzem os jovens no conhecimento do mundo e da vida? Não! Entramos totalmente despreparados na segunda metade da vida, e, pior do que isto, damos este passo sob a falsa suposição de que nossas verdades e nossos ideais continuarão como dantes. Não podemos viver a tarde de nossa vida segundo o programa da manhã, porque aquilo que era muito na manhã, será pouco na tarde, e o que era verdadeiro na manhã, será falso no entardecer. Tratei um número muito grande de pessoas idosas e olhei para dentro da câmara secreta de suas almas para não mudar de idéia.

***

§785  O homem que envelhece deveria saber que sua vida não está em ascensão nem em expansão; mas um processo interior inexorável produz uma contração da vida. Para um jovem constitui quase um pecado ou, pelo menos, um perigo ocupar-se demasiado consigo próprio, mas para o homem que envelhece é um dever e uma necessidade dedicar atenção séria ao seu próprio Si-mesmo. Depois de haver esbanjado luz e calor sobre o mundo, o Sol recolhe os seus raios para iluminr-se a si mesmo. Em vez de fazer o mesmo, muitos indivíduos idosos preferem ser hipocondríacos, avarentos, dogmatistas e laudatores temporis acti (louvadores do passado) e até mesmo eternos adolescentes, lastimosos sucedâneos da iluminação do Si-mesmo, consquência inevitável da ilusão de que a segunda metade da vida deve ser regida pelos princípios da primeira. Os grifos são meus.

***

A vida apaixonada!

Ler James Hollis... nos apaixona. 

É dele este título. Coloca que Joseph Campbell respondia com respeito a como deveríamos viver  a "Siga a sua felicidade." ... Não se perder com os ditames de nossos pais e da cultura deixando a nossa melhor parte ao longo do caminho. Hollis diz: "Siga a sua paixão."
Viver apaixonado... a paixão que nos alimenta e como a vocação, é mais uma convocação do que uma escolha.
***
A vida raramente é clara e fácil; e contudo a escolha é o que define e confirma a vida.
O inimigo é o medo das nossas profundezas.


***
Ainda alguns axiomas:
1. Vida sem paixão é vida sem profundidade.
2. A paixão, embora perigosa para a ordem, a previsibilidade e às vezes para a sanidade, é a expressão da força vital.
3. Não podemos nos aproximar dos deuses das profundezas arquetípicas, sem nos arriscarmos a enfrentar a grandeza da vida que eles exigem e a paixão fornece.
4. Descobrir e seguir a nossa paixão favorece a nossa individuação.

***                                                                


Apaixonada pelo autor cito ainda:

Viver apaixonadamente nos renova quando a antiga vida se tornou trivial.
Viver apaixonadamente é a única maneira de amar a vida.