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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


sábado, 31 de maio de 2014

Trauma e alma!

Hillman diz;
Como as cinza dão esfregadas nas feridas em ritos de iniciação para purificar e escarificar, a alma está marcada por seus traumas. [] Um trauma é uma mina de sal; é um lugar fixo para a reflexão sobre a natureza e o valor de meu ser pessoal, no qual a memória se origina e a história pessoal começa.
Esses eventos traumáticos iniciam na alma um sentido de sua incorporação como um sujeito vulnerável experimentador.
 

Salgando nossos 'problemas'!

Quando paramos para pensar e refletir, estamos estabilizando e adicionando sal à solução de forma a torna-la uma solução genuína. Os problemas parecem não ir embora até que primeiro ele tenham sido inteiramente recebidos.


 
 

... Internalizar
...Receber os problemas em nosso natureza mais íntima
...Salgá-lo





Ao ponto de poder dizer: fiat mihi; tudo bem; eu admito, rendo-me; é realmente um problema meu; tem que ser". O gosto dessa experiência é amargo, humilha e dura - uma solução durável. James   Hillman.
 

Mudanças?




A resistência às mudanças é dada com as sementes de nossa natureza, e somente um calor intenso pode mover a natureza humana de sua inércia inata. Hillman

Repassando- Zygmunt Bauman

Compartilho: Nem todos tem acesso e o caminho à sociologia e filosofia.
Zygmunt  Bauman- Fronteiras do Pensamento
Ampliando e refletindo também sobre amigos e facebook.

Qual a diferença entre comunidade e rede?
Seria a facilidade entre conectar e desconectar?
Ouçam o vídeo.            
Pensemos:
"Estamos cada vez mais aparelhados com iPhones, tablets, notebooks, tudo para disfarçar o antigo medo da solidão. O contato via rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a ausência de comprometimento. Este texto tem como base a ideia de líquido, característica presente nas relações humanas atuais, inspirado na obra "Amor Líquido" - sobre a fragilidade dos laços humanos, de Zigmunt Bauman. As relações se misturam e condensam com laços momentâneos, frágeis e volúveis. Em um mundo cada vez mais dinâmico, fluido e veloz, seja real ou virtual."

© obvious: http://lounge.obviousmag.org/de_dentro_da_cartola/2013/11/zygmunt-bauman-vivemos-tempos-liquidos-nada-e-para-durar.html#ixzz33JT7c9wg
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domingo, 25 de maio de 2014

A bela lágrima!

Recebi por e-mail este da Dra Ana Cláudia Quintana e decidi partilhar. Alguns decidirão assistir estes 18 minutos de vídeo, não tenho nada a acrescentar a não ser reverenciar esta médica, curvar-me frente a ela com carinho e respeito. Ver este vídeo me trouxe um alento, uma alegria renovada em ser médica e ter a disponibilidade em poder partilhar experiências como esta.
O vídeo veio com o nome: "A morte é um dia que vale a pena viver" e eu acrescentaria a mim: conviver.

https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs&feature=kp

ou
http://www.youtube.com/embed/ep354ZXKBEs?rel=0
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Estar em contentamento?.


Chega um final de semana, alguns aproveitam para ficar em casa, mais com a família e muitos escolhem ficar silenciosos consigo mesmo. Cito Jung trazer a reflexão a individualidade frente a multidões.
 
 
O ponto de vista do homem interior está ameaçado na medida que domina o exterior.
Na verdade, Às vezes é somente a sua invisibilidade que o salva.
Ele é tão reduzido que ninguém sentiria falta dele, se ele não fosse a conditio sine qua non da paz interior e da felicidade. 
E, por fim, não é um "povo de 80 milhões" nem o Estado que sente a felicidade e o contentamento, mas apenas o indivíduo.
Jamais será possível derrubar a regra de cálculo segundo a qual mesmo o maior acúmulo de zeros nunca dará a unidade; de modo análogo nem a gritaria mais forte retirará do mundo a verdade psicológica muito simples de que quanto maior a multidão, tanto menor  importância terá indivíduo. JUNG, OC XIV/1

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Um livro abre outro! Caminhos?

A expressão "um livro abre outro" é muito mais frequente. Quantas vezes nos deparamos com o fato de estarmos lendo mais de um livro. Um aqui! Um acolá!

 

 
 
Quando o assunto surge pode-se ficar confuso em onde leu mesmo? De quem é esta ideia? Forma? Surgem novas combinações. De inicio um caos?
O processo da criatividade? Pode trazer uma tempestade de ideias?
Hillman diz: " ...tal como pintores leem filósofos compositores observam arquiteturas, filósofos visitam museus, poetas traduzem coisas de línguas distantes ou mortas - seus fogos desesperados por novos influxos. 
Inquietos procuram... Como chegar ao coração das coisas?
 
 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Temenos: Espaço sagrado!


Usamos o termo "temenos" para o espaço sagrado que se cria durante a sessão de Terapia Junguiana.
espaço é difícil de descrever porém sentido por quem já experimentou.
No final da sessão muitas vezes a gente se pergunta; O que aconteceu? Quem esteve ali?
Cria-se um espaço e tempo em que ambos analisado e analista  entregam-se ao processo e permitem que símbolos aflorem. Não há controle de ego e  sim uma entrega.
Seriam deuses presentes? O inconsciente?
Costumo chamar de "dança".
Cria-se uma dança, uma relação com confiança, ética, moralidade neste espaço hermeticamente fechado.
Como não ver o sagrado em um útero que gesta?
Permitir-se entrar em um vaso a procura de respostas.
 
Respostas esperadas nascem neste espaço, a partir de ampliações e leitura simbólica se Deus conceder.
Vejo como uma graça cada vez que me encontro no "temenos" e isto acontece tanto como analisanda ou como terapeuta.


 

Encruzilhadas!

Sim, sempre teremos encruzilhadas e muitas vezes levando a direções totalmente opostas.
A escolha de uma deixará a outra.
Mas existem situações em que duas alternativas estão em oposição e a gente se sente em suspenso, em "cruz", cria-se conflito.
"... A repressão do oposto exercida nestes casos apenas faz prolongar e estender o conflito, isto é, a neurose. A terapia põe os opostos em confronto um com o outro e visa a união mais estável deles." OC XIV/1.

   Não se trata em não fazer nada, nem sucumbir a um lado. Confronta-se, amplia-se, algumas vezes suporta-se a tensão, até que um caminho seja indicado, quer seja via sonhos, via símbolos e se percebe que a resposta sai de dentro de cada um como forma de seguir o caminho pessoal de cada um. Nenhum terapeuta tem a resposta, a resposta virá na relação sagrada que se cria.