Compartilho a parte teórica do Position Paper apresentado neste 7º semestre da Formação pelo IJRS.
RESUMO
A partir da impressão de estar vivendo
um Purgatório pessoal aludiu-se à operação alquímica de calcinatio. Sincronicamente ao próprio processo e momento da vida
chegaram aos olhos “as tábuas” da alquimia sendo apresentadas de modo a
significar a operação de queima e a possibilidade à purificação da alma.
I
Introdução
Em
passeio sobre os artigos anteriores feitos para esta formação percebe-se que nos
quatro primeiros aconteceu uma tentativa em trazer luz à relação profissional da
médica com a psicologia Junguiana. O foco esteve a iluminar a saúde, doença e
sintomas femininos. Já num quinto artigo
as cores começaram a ser pintadas. Mãe e filha em espaço criativo começam a se
relacionar em maior profundidade. Um rapto do eu atribuído a Hermes, clamou por ser colocado no papel gerando o
artigo que precedeu.
Neste
momento, aberta a receber e transcrever a partir do sentir cria-se a questão:
Como se está? O que se apresenta no momento? O que está sentindo? Que imagem rodea?
O
processo psíquico e o da escrita estiveram acompanhados por sonhos. Estiveram
presentes ora dando pitadas, sensações, título ou frases prontas para todos os
artigos. Sonhou-se muito. O inconsciente esteve guiando a noite mostrando
caminhos. Estes pediram para que se
tocasse em dejetos e também apontaram a necessidade em colocar a mão nas
entranhas de um peixe. Seria uma chave?
As
sensações pessoais também foram se apresentando. Em um momento descrevia como
se estivesse a caminhar em tábuas soltas sobre a água, seguido pela sensação em
ser raptada do mundo e da segurança do ego.
Eis
que uma nova sensação se apresenta: Sinto-me
suspensa e a queimar.
Esta
sensação suspensa e a queimar conduzirá este trabalho.
Ampliando
a sensação de estar suspensa, traz-se
a imagem de presa, detida e o sinal que levava a descrição deste estado foi o
da cruz. Nasce inicialmente a imagem de castigo.
Batizada
e orientada pelos princípios da religião católica desde a mais tenra idade
havia a certeza do acolhimento e proteção por um anjo. Haviam modelos a serem seguidos. Havia punições aos
pecadores. Inocentemente escolhiam-se na lista de pecados alguns para confessar
ao confessor. O caminho era seguir o bem. Viver, cantar, passear e trabalhar
olhando para os azuis, cor de rosa, gentis e ingênuos da vida.
Uma postura atenta a evitar as punições, nominadas por ir ao purgatório ou até
mesmo ao inferno.
Mas,
eis que a sensação que se apresentava agora era a de suspensa, detida, em
castigo a queimar. Wilhelm (1997 p.42) diz: “O castigo nunca é um fim em si
mesmo. Deve servir apenas ao restabelecimento da ordem”.
O
queimar leva ao fogo. O fogo remetia ao medo e também fascínio. Havia fogão a
lenha, havia a lareira, havia o estalar da brasa, o iluminar da vela, a casa
queimada, os incêndios da infância. Aprendeu-se a fazer fogueiras de São
João. Participou-se do cerimonial aos
deuses que de forma lúdica era festejado com bombinhas, pipoca, pinhão, amigos
e irmãos.
O
fogo esteve presente sempre pedindo respeito e reverência.
O
que indicava poder colocar a mão no fogo
por alguém? Uma confiança absoluta? Ou será que existem fogos que não queimam? Queimaduras
indolores? Existe um sentido? Significado?
O
momento é de suspenção. É de chamas.
II
Desenvolvimento
À
medida que esta sensação, de suspensão e chamas circundava, o pensamento
racional questionava: Onde está este fogo? Não há chamas. Não havia fogo
visível, nem rubor, nem mesmo uma inflamação.
Mas
algo purgava. Algo queimava. Sentia-se em um purgatório. A conotação ia além dos
ensinamentos religiosos, percebia-se em processo, um processo imposto para a
transformação.
Há
que se deixar queimar. Entregar-se ao processo, render-se ao “purgar”.
Purgar?
Limpar? Purificar? Ou ainda expiar?
Passeando
pela etimologia da palavra pode-se olhar desde a um tubo intestinal que pede
por um purgante até a um abscesso inflamado. Um ouvido que queima e arde como fogo
e que também necessita da drenagem pelas lavas quentes que levam a matéria
estranha para fora. Um fogo que purifica.
Expelem-se
também humores.
Que
são humores?
Humores
significando líquidos contidos em corpos organizados. Existem humores viciados.
São umidades. São ânimos, disposições de ânimos, temperamentos. O corpo humano possui
quatros humores que necessitam estar em equilíbrio: o sangue, fleuma, bile
amarela e negra, humores estes que procedem do coração, sistema respiratório,
fígado e baço, correspondendo ainda aos elementos ar, agua, fogo e terra.
Quais
os possíveis humores a serem purificados? Ou equilibrados?
Há
humor negro? Humor choroso? Humor ingênuo? Bom humor. De bem com a vida?
Otimismo em excesso? Pessimismo demais?
Acercam-se
polaridades e muitas provindas de modelos religiosos da autora. Há que se suprimirem os “maus humores”.
Aconselhada a colocar “uma pedra de açúcar na boca” sempre que uma manifestação
rude se apresentava. Há que se ter “fala doce”.
Ou?
Queimar? Purgar? Purificar? Calcinar?
Houve
vaso, houve paciência a espera da água. As águas, as emoções verteram com
apertos no peito, muita dor e tristeza. As emoções evitadas - raiva e
indignação – também vieram sem serem convidadas. Em um vaso paradisíaco, em
meio a tanta água a nova operação se apresenta.
Sincronicamente
o estado de alma e o cronograma da formação se encontram. Inicia-se o estudo de
Alquimia e na procura da literatura indicada, chega às mãos o livro Anatomia da Psique de Edinger.
A
iniciação a esta nova anatomia, anatomia alquímica, anatomia da Psique envolveu
a alma que queimava e trouxe a um novo entendimento. Percebeu-se envolvida pelo
fogo de um complexo. Um complexo a secar. Reconhece-se como em um purgatório, e
em encontro com a operação alquímica do calcinatio.
O
autor, Edinger descreve o calcinatio
como um processo de secagem:
Um importante componente da psicoterapia envolve a secagem
dos complexos inconscientes que vivem na água. O fogo ou intensidade emocional
necessária para esta operação parece residir no próprio complexo, tornando-se
atuante tão logo o paciente tenta tornar o complexo consciente, mediante o
compartilhamento com outra pessoa. Todos os pensamentos, ações e lembranças que
trazem vergonha, culpa, ansiedade precisam ter plena expressão. O afeto
liberado torna-se fogo capaz de secar o complexo e purifica-lo de sua
contaminação inconsciente. (EDINGER, 2013, p, 61)
O
vaso analítico esteve a tocar por múltiplos ângulos e imagens complexos que se
esquivavam da secagem. Mas eis que é chegado o fogo.
Haviam
muitas emoções afloradas que pediam pela secagem.
Edinger
(2013, p.61) refere que o ego tem a ideia de que seu “querer” e “fazer jus”
devam ser satisfeitos, mas: “A necessária frustração do desejo luxurioso ou
concupiscência é a principal característica do estágio da calcinatio”.
Rever
a definição de “concupiscência” retoma ao acreditar que se faça jus ao gozo dos
bens terrestres, prazeres sensuais e a ganância, valores que nos tentam
diariamente muitas vezes em detrimento ao nosso valor de alma.
A
queima? A queima é das ilusões materiais.
A calcinatio é a operação da remoção das
águas. O calor que transforma o negro em branco, o nigredo em albedo. Nasce
um maior entendimento. O encontro com o albedo,
um nascer do sol, uma aurora.
Em
processo de análise quando este fogo é evocado tende a gerar reações e
frustrações ao paciente. Trata-se de um procedimento arriscado. “Deve haver um
fundamento psíquico de solidez suficiente para suportar a calcinatio, bem como uma relação adequada entre o paciente e o
terapeuta, para que se possa produzir frustração sem gerar uma negatividade
destrutiva.” (EDINGER, 2013, p. 62).
O
aquecimento deve vir do interior do corpo, do próprio calor, de sua própria
tendência de auto-calcinatio. O
analista trabalhando com o material do próprio paciente e promovendo a
frustração de um dado desejo. Frustração esta que só deverá ser feita a partir
do momento em que existir nele a tendência interior de desenvolvimento e já contenha
a negação desse desejo. Conforme Edinger (2013, p.62) ao analista cabe apenas fornecer
um “amigável calor exterior”.
A
alquimia é a arte do fogo. Há que se entender de fogo. A análise cria calor.
Hillman (2011, p.191) refere que existe uma resistência às mudanças nas
sementes da própria natureza, e que é necessário um calor intenso de forma a
retirar o ser da inércia inata.
Todo
o trabalho com a psique gera movimento, assim também o trabalho da escrita. No
princípio há o caldeirão. Entra-se em imersão. Entre livros, pensares, sonhos, ideias e
imagens, ora-se e se reverencia pelos conteúdos que se encontram no vaso. Ingredientes
que se misturam. Um ato criativo.
Cria-se
então o labor e também o oratorioum. O trabalho em oração.
Apresentam-se e relacionam-se o adepto
e soror: Analista, analisando. A
relação do visível com o invisível. A prima
matéria em caminhada ao segundo branco. Do branco ingênuo ao branco
trabalhado. Está acontecendo o trabalho contra
naturam, um trabalho que agora é da alma.
Apresentam-se
vozes: A alquimia não é fácil! Solve e
Coagula! O obscuro pelo mais escuro! O branco puro e o branco da albedo. O
analista como catalizador!
A fala da alma? A linguagem das
crianças! Dos loucos, primitivos e poetas!
Recebe-se o convite à
alquimia.
O
convite à poesia.
O
convite à musicalidade.
O
convite à imagem, a linguagem metafórica.
A uma
vida animada.
Roga-se
por uma atitude cuidadosa, aquela em que se está com um pé no concreto e o
outro no abstrato. Conforme Schopenhauer (apud EDINGER, 2013, p.143) tem-se
duas vidas: Se em uma vida se está abandonado às agruras da realidade em outra
pode haver uma calma deliberação. Ora atuando no palco, ora observador,
espectador. “Na plateia, observa calmamente tudo o que acontece, mesmo que seja
a preparação de sua própria morte [na peça]; mas, em seguida, vai para o palco,
e age e sofre como deve”.
Um
foco aos amargos e sabores da vida e o outro na imagem que concomitantemente se
forma. Ver o fogo e a fumaça real, mas também contatar com a fumaça psíquica,
uma fumaça sutil. Ver com a retina, mas também olhar com a lente do
imaginal.
Hillman
(2010, p.32) traz que Jung ocupou-se em tentar unificar matéria e alma quando
se referia a psicóide, sincronicidade e
unus mundus, ele adverte de que há se criar cuidado com a linguagem
conceitual e aprender a ampliá-la. Para
ele o efeito terapêutico da alquimia é que ela força a metáfora sobre nós, a
alquimia reforça a retificação da linguagem – aquela unilateral.
Em especial, nossa
linguagem conceitual separa psique imaterial de matéria sem alma. Nossos
conceitos definiram de tal maneira essas palavras que esquecemos que matéria é
um conceito “na mente”, uma fantasia psíquica, e que a alma é nossa experiência
de vida entre coisas e corpos “dentro do mundo”. (HILLMAN, 2011, p.32)
Já
com este artigo em andamento recorda-se aos colegas de formação um evento: Caros colegas, eu trago a memória nossa aula
de junho em que conversamos sobre sal, prata e pedra frente à fumaça de uma
lareira! Ao reabrir o livro, para seguir este artigo, a fumaça estava ali.
O
livro retornou defumado. Ocorreu alquimia? Em que dimensão? Ampliação,
transformação? Trata-se apenas de um efeito físico? Ou houve sincronicidade?
As
lágrimas derramadas nos olhos que ardiam. Havia ali algo a mais para queimar
além da lenha e nó de pinho? Havia a
presença do sagrado? O livro foi abençoado pela fumaça?
Imersa
neste caldeirão que escreve vem à imagem de Pentecostes em que línguas de fogo
pousam sobre a cabeça dos discípulos do mestre, trazendo a luz e os dons do
Espírito Santo: Sabedoria, entendimento, ciência, conselho, fortaleza, piedade,
e temor de Deus.
Cabe
aludir. Cabe temer. Cabe honrar. Cabe imaginar. Cabe sacralizar o momento. Ver
o abstrato neste concreto.
Retomando
a calcinatio: A vida brinda o homem com frustrações e desejos que deverão ser queimados.
Há que se retirar a umidade, há uma condição eterna a ser restaurada:
O fogo da calcinatio purga essas identificações e
impulsos da raiz ou umidade primordial, deixando o conteúdo em sua condição
eterna ou transpessoal, tendo restaurado seu aquecimento natural – isto é, sua
energia e seu funcionamento próprios. (EDINGER, 2013, p.63)
Há
uma alma a ser servida, verdade Junguiana brilhantemente explanada pelo
analista Gustavo Barcellos quando traz a questão: A quem se serve em uma sessão
analítica? Apreende-se: A psicologia Junguiana não serve ao ego ela serve a
alma.
A
psicologia profunda aprofunda.
Frente
à advertência com respeito a cuidar-se e priorizar-se a fala não é dirigida a um ego que deseja e sim a uma alma que
clama. Acontece a opus contra naturam, onde
analista e analisando se unem numa relação sagrada em direção ao coniunctio.
Coniunctio enquanto
união que acontece em dois níveis num inferior em que se pretende a fusão de
substâncias que ainda não se encontram completamente separadas ou
discriminadas. Esta é sempre seguida pela morte ou mortificatio. A coniunctio
superior, por outro lado, é o alvo da opus,
a suprema realização. (EDINGER, 2013, p.227)
Edinger,
(2013, p.244) adverte: “Na psicoterapia, requer-se abertura (à psique objetiva)
tanto do paciente como do terapeuta”.
Alquimia? Conforme Jung (1971, §1704) “O opus alquímico descreve o processo de individuação, mas de forma
projetada porque é inconsciente”.
Tudo
começa a partir de um caos, nigredo e escuridão – um estado inconsciente de um
conteúdo psíquico. A próxima fase visa à iluminação da escuridão por meio da união dos elementos. Disso surge o albedo, a brancura, a aurora ou à lua
cheia. Um corpo puro, purificado pelo fogo, mas que ainda não tem alma. (JUNG,
1971, §1701)
É a
prata, a imagem e a reflexão.
A prata através da qual
ouvimos a sonoridade nas palavras implica que elas são universos em si mesmas e
não necessitam de referências para serem autenticadas. As palavras ressoam suas
próprias profundidades de reflexão – alusões, aliterações, etimologias,
trocadilhos, os disfarces da retórica. Essas ressonâncias nas palavras são
cantares dos anjos até então sufocados pelas regras de ouro da lógica, das
referências objetivas e definições. (HILLMAN, 2011, p.226)
Alude-se,
ouve-se cantares dos anjos, brinca-se com as palavras, retira-se do literal e seguindo
o conselho de Hillman (2011, p.228): “Para remodelarmos com graça nossa
linguagem psicológica, nossos livros, palestras e horas de análise teríamos que
calcinar e lustrar nossos ouvidos”.
II
Conclusão
Não
havia fogo, havia a impressão, alusão, imagem de fogo e castigo levando ao
encontro com purgatório e calcinatio.
A luz deste fogo clareou o necessário para que se faça consciência de que o
havia um descuido ou um pouco cuidado a si e ao outro.
Ao
deixar-se queimar e enrubescer sabia-se que o momento pedia por uma mudança na
atitude. Havia que criar uma nova relação consigo mesmo, agora não mais
colorida apenas pelo branco da ingenuidade e encharcada pelas águas da
infância. Este momento pediu por uma relação mais íntima e interna consigo
mesma capaz de se priorizar. Um movimento em que com coragem se andasse de mãos
dadas com os próprios medos deixando queimar antigas águas em busca da prata.
O
fogo queimou, ardeu, mas também iluminou. Trouxe visibilidade ao próprio
processo.
O
momento é novo. Uma reverência e gratidão ao trabalho amoroso que se recebeu
desde a fecundação até além da meia idade. A mulher esteve em processo, a cada
noite e dia novas consciências. A chegada da queima mostrou-se necessário para
que o caminho prosseguisse.
Questionou-se:
Como tratar com dignidade esta mulher ainda insipiente? Consumou-se um voto sacramentado.
Uma lágrima de compromisso, uma gota que testemunhou um sim ao próprio valor. Um
valor adulto, cuidadoso e de autorrespeito.
Não
se esteve sozinha.
Havia
também uma janela, porém ela esteve fechada.
E a
chave? Descuidadamente esteve guardada ou em aguardo.
Veio
o fogo, a queima de desejos pueris e regressivos que embora maximizados pelo
aplauso do coletivo cedam em prol do aprofundamento e caminho de alma.
O
mimo de ir a um local paradisíaco, em que se assistiu uma inundação com chuvas
seguida por cinzas nos céus, levou a imagem de águas, a queima, ao fogo que
seca.
A
dor gerou a entrega, a rendição.
O
processo é circular e continua. Há um novo compromisso. Um pacto que pede por
muita atenção.
Ou
mesmo um farol?
Um
farol capaz de dar a luz, iluminar. Este farol esteve metaforicamente se
mostrando na leitura da alquimia. Esteve aceso na lembrança e atenção aos
sonhos.
O farol como zelo:
Que
traz à consciência que a negrura é o começo da brancura e que a mortificatio é libertadora: “Explosões
de afeto, ressentimento, prazer e exigências de poder podem submeter-se à mortificatio para que a libido
emaranhada em formas infantis e primitivas se transforme” (EDINGER, 2013, p.169).
Que
o medo é um instrutor. O Temor ao Senhor é o começo da sabedoria.
Que
a partir da experiência da treva e do vazio, pode acontecer o encontro com o
companheiro interior (EDINGER, 2013, p.192).
Que
na medida em que se abraça continuamente a morte, o ego constela a vida em
profundidade.
Que
enquanto os opostos estiverem inconscientes, se identifica com um e se projeta
o outro e “O espaço para a existência da consciência surge entre os opostos, o
que significa que nos tornamos conscientes de ser capazes de conter e de
suportar opostos em nosso interior.” (EDINGER, 2013, p.203).
Um
farol que:
Aponta
para a gratidão à existência dos vasos. Dos vasos externos e também dos internos.
Que
há separatio: A separação entre
sujeito e objeto. Existem significados concretos e simbólicos. Há que se ter
paciência. “Cada área recém-encontrada do inconsciente requer um ato
cosmogônico de separatio” (EDINGER,
2013, p.205).
Que
o princípio feminino é o da relação e que o relacionamento coagula. O
relacionamento no vaso uterino, infantil, contextual de vida e também
analítico. Que coagular é quando o ego assimila.
Que
cabe ao indivíduo a tarefa de criar consciência.
Que
zele dando luz para ver que “o alvo é fazer o indivíduo”. (EDINGER, 2013,
p.207).
Que
a cuidadosa atenção ao inconsciente traz um inconsciente amistoso e útil ao
ego.
E
que ambos, ego e inconsciente: “Juntos, trabalham no Grande Magistério a fim de
criarem mais e mais consciência no universo.” (EDINGER, 2013, p.246).
BIBLIOGRAFIA:
EDINGER, E.F. Anatomia
da Psique. São Paulo: Editora Cultrix, 2013.
HILLMAN, J. Psicologia
Alquímica. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.
JUNG, C. G. A
Vida Simbólica. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
_________ Mysterium
Coniunctionis. - Vol. XIV/1 Petrópolis: Vozes, 1997.
WILHELM, R. I
Ching O Livro das Mutações. São Paulo: Pensamento, 1997.