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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2016: Um ano comprometido!

Término de 2015...
 
Daqui a algumas horas será à entrada de 2016.
Surge a vontade de escrever e uma escrita instigada por gratidão e comprometimento.
Gratidão à vida com todos os começos e términos, nascimentos e mortes. Um caminho feito... A montanha foi subida e algumas pedras desviadas outras recolhidas.
Todo o final de ano, a sabedoria do corpo pede por um banho ritual, cada um a seu modo. Trata-se de um banho reflexivo. Entregam-se para a água, as más-águas, maus pensamentos e atos. Há o desejo de limpar-se e continuar, ou ainda, em alguns aspectos novos começos, que brindados pela experiência nos desviam para outras possibilidades.
Escolhas.
Há que fazer escolhas.
Escolher ‘colapsar’ ondas de forma criativa.
Escolhe-se ficar atento, as ‘tontices’ e também aos ‘uau’ de nossos instantes.
Há que se dar por conta de que nossas percepções estão a cada momento nos tocando de modo a nos engancharmos em ‘não gosto’, ‘machuca’, ‘invejo’, ‘critico’...
Infinitos toques a nos desalinhar de nós mesmos.
Em palavras somos mais bonitos, em atitudes nos perdemos um pouco mais, e frente a um complexo detonado somos um caos.  Mas, existem escolhas... E podemos fazê-las.
Então neste final de ano. Em silencio e solidão desejo a mim e estendo aquele que lê...
Que eu consiga perceber, e, que em ao menos alguns instantes como ‘observador’ posso mudar o desfecho de algum ‘acontecimento’.
Que eu faça a minha parte.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Sonhos: Em reverência.

Palavras de Hillman, para serem refletidas:

...Os sonhos refletem um submundo de essências, em vez de um subsolo de raízes e sementes.

Eles nos apresentam imagens do ser, não do tornar-se.

Aprendemos que um sonho é menos um comentário sobre a vida e uma indicação sobre a direção na qual ela está crescendo, e mais uma afirmação das profundezas ctônicas, dos estados frios, densos, imutáveis -... 
Não podemos mais nos voltar para os sonhos na esperança de progresso, transformação e renascimento.

Palavras de Hillman: Uma ponte para dentro.

A psicologia profunda cava e Hillman diz ser uma ponte para baixo.

Ele se referindo a psicologia profunda  diz que o campo  que lavramos é o próprio e o mesmo campo trabalhado por Freud e Jung.


"Iremos ará-lo, contudo por um outro ângulo , não com seus arados,  e em seus sulcos, mas mexendo em seu solo à nossa maneira.
Os contornos emergirão poderão diferir, mas o campo é o mesmo campo limitado: a psique do homem ocidental em sua tradição histórica e seu predicamento cultural; e a intenção será a mesma que a deles: articular uma psicologia que reflita a importância apaixonada da alma individual. Uma ponte para dentro."
 

De Hillman grifo:



Uma psicologia que reflita a importância    
apaixonada da alma individual.      
Uma ponte para dentro.

 

Ser polarizado, ou?


Costumava ouvir, pensar e até acreditar que a integridade de alguém tinha a ver com sua firme opinião.  Quem já não disse ou ouviu: Sou assim, não mudo. O certo é certo. O preto é preto.

Parecia não haver um pondo de interrogação dentro de si, àquele capaz de relativizar e fletindo (re-fletindo) novamente. Ou ainda um simples passo psíquico para qualquer direção de modo a criar novos ângulos dentro de nós. Fomos educados a sermos polarizados.

                                                                                                              ]Mas, mas e mas...
Recebo muitas perguntas e minhas respostas têm dançado. Sim e não. Pode ser, mas pode também ser... Na realidade... A tentativa não é mais responder e sim gerar ampliação e a possiblidade de em processo reflexivo levando ao sentir, e perceber um movimento resposta e caminho para aquela situação, naquele momento e para aquela alma.

 Parece complicado, pois somos seres treinados ao racional, e é, mas ao privilegiar a criatividade, a relativização pode permitir que o inconsciente se manifestasse trazendo um clarão e movimento como resposta.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tarefas de Psiquê: Um pequeno frasco de ódio!


Sempre que vencemos alguma tarefa um libido (energia) se liberta para outros movimentos.

Estive com Rafael, López- Pedraza, em literatura, e, ele me contou novamente o mito de Eros e Psiquê, um trabalho bem mais profundo do que até então eu havia apreendido.

Vou pinçar apenas o ódio, uma pitada de ódio, um frasco de ódio:

A terceira tarefa imposta a Psiquê é consciência do ódio. “Mas a prova do ódio se mostra impraticável e nela Psiquê vê uma dificuldade mortal.”

Diz ele, que em psicoterapia a visita do ódio a níveis muito inconscientes como o familiar, por exemplo, passa a ideia de grande risco, também ao terapeuta. Como se algo dissesse: cuidado, há perigo. “O ódio petrifica qualquer um.”

Não foram poucas as vezes que se esteve frente a uma pessoa em que os olhos pareciam de dragões e que suas bocas expeliam fogo. Ai que medo! Mas, também há risco em suprimi-lo ou projetá-lo. “Se somos apenas bons, o ódio se torna cada vez mais inconsciente e destrutivo. [] O ódio era sagrado.”
Precisamos da intervenção divina de modo a recolher a porção exata de consciência do ódio que necessitamos.

“O ódio é um ingrediente essencial da civilização. Um dos movimentos pelos quais se faz a história de uma civilização ou, agregaria, uma vida produtiva ou uma personalidade, é o desafio.”

Cabe acolher e recolher na medida, com respeito a Zeus. Não é fácil aceitar e confessar o ódio, parece mais fácil mentirmos para nós mesmos e, não reconhecê-lo.

Um pouquinho de ódio na pequena vasilha, mais ou menos consciente é energia fundamental que pode nos mover a competir criativamente. “Essa consciência que aceita o ódio ao amigo de que mais gostamos ou a mulher que mais amamos é um impulso para nossa criatividade e nosso amor.”

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Análise Junguiana! Terapia! Será que?


                Como para qualquer decisão de nossa vida a reflexão sempre é bem-vinda.

                Da mais simples indagação, aquela que questiona “O que é análise Junguiana” até as mais entranhadas em nossas emoções, em que a gente se pergunta a si mesmo, se é doente, neurótico, se consegue dar conta sozinho dos problemas e incômodos, se está a fim de partilhar e trazer histórias de sua vida, pensamentos, de expor-se e se presentear com uma análise, muitos e longos são os caminhos e pedem coragem.

                Será que faço uma análise? Será que preciso? Será que me faria bem? Será por muito tempo? Serei julgado?

                As indagações são muitas a si e ao analista e passeiam no nosso pensar.

                A análise Junguiana, acompanha, aprofunda e procura por respostas provindas do inconsciente. Abrem-se, colocam-se clarões, passeiam-se e procura-se por ângulos ainda não vistos de modo que a se crie lentes, ou novas luzes como a procura de um mapa de vida.

                A atenção está em privilegiar o pedido de alma do analisado a frente. A análise do analista é feita em outro “set”. 

                A ideia de que o analista “sabe” e vai dizer, é um equívoco. Como saber do inconsciente alheio? Mas, ele sabe ler um pouco melhor, sabe ampliar, iluminar e de repente como um clarão a gente vê o caminho e vai.

                Há que ter cuidado com os conselhos. Existe uma nuvem sobre a terra que avaliza e ora desabona nossos comportamentos. Há que cuidar a baliza não é esta.  Não há certos. A resposta vem de dentro de cada um.

                Gosto de dizer que uso lanternas para focar diferentes “cantinhos”,  muitas vezes leques para mostrar múltiplos “caminhos”, olhos fechados  para sentir “sonhos”, convido muitas pessoas para “imageticamente” entrarem em sala como forma de falar com elas.              A análise acontece em um “set’, um temenos,  um espaço íntimo e amoroso em que duas almas se encontram e com muito cuidado surgem caminhos para uma vida mais sentida.

 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Uma gestação! Um despertar a Analista Junguiana!


 
            Foi alguns anos, uma gestação para além dos nove meses.   O processo de formação a analista está concluído. As horas de análise, de supervisão, de seminário e jornadas foram cumpridas. Após quatro anos a data do parto se aproximava e o nascimento final levou a um aprofundar ainda maior.
            Ainda em sala de “pré-parto” haveria o estudo de caso.  Este foi se movendo e trazendo questões que ainda precisavam malear-se. Junto à banca analisadora, recebi toques, semelhantes àqueles que todo obstetra sabe ser necessário e facilitador à descida em movimento de rotação do bebê. Neste caso, os toques ajudavam a separação da mulher analisada da mulher analista. As almas são individuais.
            A criança estava pronta e o vérnix caseoso que envolvia sua pele começava a diminuir. Havia que sair da água, do inconsciente, e respirar no mundo.  Tudo correu bem, a criança desceu, coroou e se via os cabelinhos.
           Criativamente as mensagens do inconsciente subiam e traziam os conteúdos necessários e, também detalhes, curvinhas e covinhas que pareciam supérfluos a uma escrita monográfica, mas que foram respeitados. 
           O parto aconteceu na sede do IJRS – Instituto Junguiano do Rio Grande do Sul.  Envolta por amigos, familiares, colegas de formação e analistas, permiti o meu despertar a analista.
           Preparei cuidadosamente a apresentação e o ambiente, com cores, odores, noturnos, flores e lembrancinhas.  
            O despertar foi para além do conhecimento, houve muito aprofundamento.  Alguns termos como o Respeito passou a ser colocado em local de Honra. Refiro-me ao auto-respeito e o respeito ao outro. Os julgamentos já haviam sido desmascarados em prol do direito a diferença.  
           Desperta novamente a relação, Eros, o amor ao todo. 
           Houve apropriação de valores que já me pertenciam.  Vou me permitir colar do meu artigo Vaso Gravídico algumas frases e citações:

           
            “A valorização positiva da experiência da gravidez parece fundamental para que ocorra uma transformação positiva na personalidade.” (GALBACH, 1995, p.162),

Fica ainda a imagem criada para este trabalho, imagem essa, que somente se apresentou poucos dias antes da conclusão do artigo: A existência de um “Cordão Umbilical Cósmico”.

A mulher é envolta por um vaso gravídico e, dentro desse, poderão ocorrer muitas transformações. Algumas serão felizes, outras de dor. A conexão desse cordão umbilical cósmico perpassa esta mulher que está sendo tocada. Seu útero poderá crescer. Seu parto, chegar. Seu bebê, nascer. Mas, além de todos os acontecimentos que se percebem, existe um potencial para um novo nascimento, um renascimento psíquico dessa mulher.

Então, nasci.
            Nas palavras de Marion: “A autoentrega total e ativa pode acabar constelando um autoencontro.” (GALBACH, 1995, p. 43).

É chegada a hora de retomar a escrita em blog. Aos poucos pinçarei partes do todo de meu trabalho que será colocado na íntegra no site do IJRS – www.ijrs.org.br

Coloco-me também a disposição de trazer algumas divagações e reflexões a respeito de algum tema pessoal, sem particularizar.

Estou em estado de Gratidão
 
 
 

 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Pequenos Sabores! Sabores Compartilhados!

Este pequeno artigo passeou entre anjos, chocolates e café...
Cheiroso, doce a acalentado pelo ouvido dos anjos do filme Asas do Desejo.
Re-publico:

Adoro rever filmes e ir aquelas falas que me tocam. Foi em as Asas do Desejo de Wim Wenders, do ano 1987 em que anjos perambulam pela cidade a ouvir nossos pensamentos que busquei estas reflexões. Anjos estão a nos confortar, até que um anjo decide experimentar a vida humana. Ele se apaixonou, ele quer sentir as alegrias e tristezas da vida. 
Vou remeter-me a cena em que um ex-anjo diz para o outro. Eu não posso te ver, mas eu te sinto, eu sei que está aí. Gostaria de poder ver o teu rosto. Poder olhar nos seus olhos e dizer o quanto é bom “ser”. Apenas tocar algo. Isto é frio. Isto é bom. Tomar um café.  Desenhar: Você pega um lápis, faz um ponto, uma linha... Ou se as mãos estiverem frias, você as esfrega... É muito agradável. Existem tantas coisas boas.

                Existem tantas coisas boas. Outro dia, passeei por entre uma loja de chocolate repleta de ovos e de clientes, é a Páscoa chegando. A atendente surpreendeu-me quando percebeu e saboreou o perfume de meu café do Mercado recém-moído. Logo a seguir em poucos minutos o taxista também comentou aquele perfume. Dei-me conta da alegria que me causou poder passear com este aroma que se expandia. Café querido a alegrar aqueles que por ele passaram.

               Resultado de imagem para imagem café          Saboreamos junto nossos sentidos. Brincamos. Sorrimos. 
Deleitamo-nos.

                Também vi uma idosa. Uma idosa que dormia sob o viaduto da Borges. Saboreei ver aquele rosto sereno.

                Complicamos a vida. Um eterno complicar. Os pequenos sabores podem passar despercebidos enquanto a vida passa. Acreditamos que os anjos por serem eternos é que são felizes, não tem fome, sede, nenhuma tristeza. Perdemos essências por estar em eterna correria entre nossos pensamentos.

                É muito bom quando podemos nos perceber simplesmente sendo. Um arrepio. Um friozinho, um perfume, um alimento que aguça nosso paladar. Um abraço em si. Um abraço no outro.

                Um inspirar profundo. Novamente me encontro no filme quando a trapezista diz: “De novo, um sentimento de bem estar. Como se dentro do corpo uma mão se fechasse suavemente. [] A solidão significa ser por inteiro, um só. [] Não sei se existe o destino, mas existem decisões”.

                Decidamos. Por ser. Por sentir. Por simplificar. Por amar.

                E no encontro do amor a mensagem foi: “Cercar-se no labirinto da felicidade compartilhada”.  Pequenos e sagrados sabores a compartilhar.
 

Acordando o blog... Com Aldo Carotenuto

Uau...
Querido blog! Há quantos meses não te alimento?

Estou em escrita. Escrita para meu trabalho de mulher e mulheres...
Hoje, estive querendo olhar para "dores"... mas o dia estava ensolarado então brinquei com crianças.

Mas estive com Aldo Carotenuto, não o conheci pessoalmente, mas quando o leio parece-me um italiano interessante. Está em minhas mãos seu livro Eros e Pathos: amor e sofrimento, repleto de riscos e rabiscos que ficaram de minha primeira passagem.

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Posso brincar e citar alguns?

Inicialmente pegando pesado.
. "uma relação amorosa se rege por uma necessidade patológica de cada um dos parceiros, e todo amante representa a doença do outro."
"O amor, portanto, revela o homem a si mesmo."
Citado na p. 23: "de François Truffaut: Para mim um final feliz não é um casal que se reúne, mas que vai até o fim".
"Todo o discurso sobre o amor se torna assim o discurso sobre si mesmo, a confissão mais íntima."
"Não caminho por uma vereda segura em que encontro indicada a direção a ser seguida, mas numa estrada onde não existem sinais, uma via que eu mesmo traço: em tal momento eu sinto realmente que estou existindo porque sirvo se não ao outro a mim mesmo; mas, exatamente porque assumi a responsabilidade pela orientação, a consciência passa necessariamente através do temor e do medo de me perder."
" O maior erro que podemos cometer é pensar que o outro nos seduziu: eu fui seduzido pelas minhas próprias imagens, que o outro foi capaz de evocar."

"O enorme sofrimento que pode decorrer de um vínculo é fato intrínseco; não podemos rejeitar uma relação por que nos acarreta dor. Tornar manifesto os próprios sentimentos significa ter dito a si mesmos que estamos prontos a aceitar também este aspecto, mas a nossa ingenuidade nos leva ilusoriamente a caminhos que na aparência excluem tal cisão: na realidade, quando dizemos 'sim' a alguém, dizemos 'sim' à vida e à morte."

"Continuo a falar de 'coragem' porque, quando nos dispomos a comunicar experiências subjetivas, vivemos a estranha e singular sensação de estarmos abandonados a nós mesmos."

E....

"Na análise estamos numa espécie de 'desorientação pilotada', rumo a uma nova realidade, que não tem nada a ver com desejos infantis de retorno ao ventre materno, isto é, a uma condição de paz em que, como no paraíso terrestre, não existe história.
Quando, como adultos, damos 'volta ao mundo' para encontrar o nosso coração e dar densidade
à nossa existência psicológica, o que nos espera não é o Éden, mas o real, com as suas contradições e as suas dificuldades."

A grande jornada em conduzir nossa existência humana.
 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

I Ching - PAZ

I Ching - O livro das mutações


Hoje já é 6 de janeiro de 2015. Dia da chegada dos reis Magos a gruta de Jesus.
Como muitos dediquei-me neste 31 de dezembro a fazer um momento reflexivo. O 2014? E o 2015? Joguei as moedas e obtive dois hexagramas.
Enquanto folhava o livro passei pelo hexagrama 11, T'AI / PAZ.

]

O que está escrito com respeito a PAZ:
PAZ. O pequeno parte, o grande se aproxima.
Boa fortuna. Sucesso,
Uma época em que o céu parece estar na terra. O céu colocou-se sob a terra, e assim os dois princípios unem seus poderes em profunda harmonia.
Essa união traz paz e benção a todos os seres.

Quando isto foi escrito? I Ching, o Livro das Mutações surgiu no período anterior à dinastia Chou ( 1150 - 249 a.C.)

Diz ainda: No âmbito humano isto representa uma época de harmonia social. Os poderosos voltam-se para os humildes, enquanto esses se mostram amistosos em relação àqueles, terminando assim toda hostilidade.  

Sonhos valorizar:

Ascânio Jatobá diz no vídeo:
"Sonhos é como se todo o dia alguém colocasse uma barra de ouro em nossa porta e a gente jogasse fora."
Cabe valorizar.

Sonhos - videos

Tive a oportunidade, há 9 anos atrás a oportunidade em partilhar um sonho meu em um encontro com o especialista em sonhos Ascânio Jatobá. Meu sonho era assustador, era angustiante e compartilhei. Foi uma experiência marcante e me trouxe muitas respostas e possibilidades.

Hoje olhando no you tube, reencontrei-o e assisti algumas das inúmeras entrevistas dele. Recomendo.
 https://www.youtube.com/watch?v=Vv--tM6fcPk

https://www.youtube.com/watch?v=HVlQ0p3vxEA


Coloco duas o Ascânio coloca de uma forma muito claro o valor dos sonhos, dos símbolos, da Psicoterapia Junguiana. 
E com 90 minutos de sonhos por noite... por que não fazer uma tentativa e transformá-lo em símbolos e por que não usufruí-los e obter respostas para o meu viver?

Proponho estes vídeos.

Sonhos: E quem não lembra?

Já nos primeiros encontros em uma Psicoterapia Junguiana o analista pergunta: e seus sonhos? Você tem sonhado? Lembra de algum para me contar?


 


O analisando vem a procura de respostas capazes de resolver suas questões e o que acontece é uma nova relação. Uma relação entre duas pessoas em que o que é privilegiado não são as respostas e nem os caminhos prontos. A ideia é caminhar juntos e neste passeio muitas vezes novas atitudes serão geradas.
Mas e os sonhos?
Muito frequentemente o analisando diz; eu não sonho. Ou ainda, se sonho não me lembro.
Como trabalhar com as imagens do inconsciente se elas parecem ão aparecer?
O que tenho observado é que a medida que o diálogo começa imagens constelam. Como se estivesse mais alguém ali a falar, que não é o analista, não é o analisando, não é o sonho não lembrado... Algo colore o ambiente, um tópico, gesto, imagem vem e  se cria o "temenos" , o espaço sagrado, em que a sessão acontece.
E inúmeras vezes de repente... uma imagem de um sonho  traz aquelas luzes necessárias à resposta que se procurava.