Escrever a palavra ‘rede’ já traz um imaginal.
Rapidamente derivamos a ‘rede social’. Quanto importa? Importa?
Estamos rodeados de redes.
Podem ser vistas nas teias, as redes de aranha, ou ainda redes de água
que de fontes vão a córregos, riachos, rios e Oceano. Passam despercebidas.
Hoje a vida em rede voa enquanto nossos dedos dedilham em
nossos celulares, alguns com seus indicadores, enquanto os mais jovens com seus
polegares.
Mas, hoje cedo, com o céu azul e as árvores em inverno,
passei sob uma rede de galhos secos, que desenhavam um quadro.
Permiti-me... Parar os pensamentos que voando constantemente
me tiram de mim e postar-me sob esta rede.
Permiti-me sentir. Permiti-me olhar em outro estado, o da admiração.
Escolhi. Maravilhei-me. Ampliei. Vi além.
Em minha pequenez e com o olhar ao alto percebi a rede neural em harmonia
passando por minhas retinas.
Sem conclusões. Apenas olhei uma rede de galhos secos com o
fundo azul celeste.
Instante de felicidade, amplitude, ou como decidir chamar,
tanto faz. Estive atenta à existência em rede.
Mas, agora já nublou... O céu está cinza, há vento coqueiros
e árvores em dança. Novas Redes. Conexões, causais e acausais e novos olhares a vida. Uma vida mais atenta?