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A vivência positiva da relação primordial com a mãe é a base da relação da criança com seu corpo e com a relação emocional com os outros.
A criança vivencia através da mãe uma base segura para o seu começo de vida.
Viver, no entanto significa confronto, a vivência dramática do próprio corpo, da própria alma, da família, da escola, do "grande mundo", com todas as alegrias, sofrimentos, esperanças e medos.
Dependendo da situação, predominam o avanço, o desenvolvimento e o impulso para a auto-realização, ou o recuo, o medo, a impotência eo desamparo diante dos lados amedrontadores e escuros da vida.
A criança vivencia repetidamente ambos os lados, mas a relação primordial bem-sucedida é uma proteção da criança contra o aprisionamento no escuro. Ela sempre dá à criança, e futuramente ao adulto, renovadas forças para vivenciar os tempos de escuridão com os tempos de transformação interna e de passagem para novas possibilidades de existência.
Não se pode esquecer que a permanência na união simbiótica mãe-filho tem período certo no desenvolvimento. Depois de certa idade significa retração da vida.
Ruth Ammann
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Lendo este trecho de Ruth, nos vem a percepção da responsabilidade da relação enquanto mãe, e também um olhar para trás nos leva a refletir sobre nossa vivência positiva ou não com esta nossa primeira relação: A mãe. Trazemos em nós "renovadas forças para vivenciar os tempos de escuridão..." ou precisamos de ansiolíticos e/ou antidepressivos?
Mas existe a possibilidade de acionarmos nosso arquétipo materno e hoje cuidarmos de nós mesmos, mesmo que com ajuda da psicoterapia.