quinta-feira, 30 de maio de 2019
A Natureza em perfeição
DIA PERFEITO
Chuvoso, nublado em brumas.
Brumas que nos permitem ver para além da realidade idealizada para nossas vidas.
A Natureza nos coloca empecilhos, e temos, capas, botas, guarda- chuvas, trânsito, pessoas de mau humor. Pitadas de preguiça.
Utensílios perfeitos para que a gente se conheça um pouquinho a partir do não gosto.
Bom Dia, consigo mesmo.
quarta-feira, 22 de maio de 2019
Sonhar é caminho
Você pode sonhar acordado. Estará passando imagens e formas pensamentos para seu futuro. Tenderá a acontecer, não sem um movimento seu. ( arregaçar as mangas, e ir)
Mas, se você sonhar durante o sono, bem aí já é uma fala de seu inconsciente a de guiar, por caminhos e muitas vezes atalhos, compensações, complementares ao olhar acordado e que o levará ao encontro com sua missão de vida.
Qual a vida que queres para ti?
Qual a vida que vieste para viver?
Qual a vida que alargará teu peito com a sensação de SIM, isto mesmo?
Sonhe e imagine quando acordado ou mesmo sonolento. E, acolha seus sonhos noturnos.
Música e Chuva
O tempo está passando quase sumindo, ou ainda, podemos sentir sua infinitude, acolhidos por nossa finitude?
São inúmeras as vezes que ouço: tudo muito rápido.
O tempo voa.
Parece que os dias estão mais curtos.
Então decidi sentir um pouco disto.
Estamos cientes de sua relatividade sempre que a uma angústia ou a um momento feliz, não parece levar o mesmo tempo.
Vou misturar alguns tempos.
Há 2 dias, chovia, escolhi um período para ficar de pijamas, olhando para a chuva, que estava ritmada forte gostosa e acolhedora.
Para mim os dias chuvosos são para escrever, refletir, acolher palavras e inspirações.
A dois, fui questionada? O que queres ouvir?
Abri-me e escolhi aquela.
E nosso espaço musical recebeu Mahler.
Esta Sinfonia teve seu tempo e história, foi sua última composição apresentada em vida. Mahler a compôs na Áustria, no verão de 1906, e sua primeira apresentação ocorreu em Munich em 1910.
Mas o tempo seguiu seu curso e eis que constelou uma grande gravação. A Orquestra Sinfônica de Chicago, em turnê na Europa e acolhida pela batuta do maestro Georg Solti, o Coro da ópera de Viena e o coral de meninos de Viena trouxe a Sinfonia nº 8, a “Symphony of a Thousand” em 1971, ainda considerada como a sua melhor performance.
Escolhida: Ouvimos.
Inicia com: Veni creator spiritus.
Divaguei. Meu lápis rabiscou palavras sem o meu pensamento racional. Transcrevo.
Ser humano.
Ser humano se rende ao sublime.
Abraça-se em diferenças e amplia o pectus.
Às vezes liderados, às vezes liderando, todos humanos.
E, enquanto o rumar pode parecer opção, não o é, os instantes se sucedem e nossos referenciais externos escurecem, amanhecem, resfriam, aquecem, enquanto nossas células descamam e renascem, trocam, cedem, liberam-se da matéria, tornam-se energia liberta.
Enquanto isto, outros rumam a substituir nossa matéria livre. Uma eterna transformação.
Não apenas libertar-se de amarras ou escolher entre polaridades. Rumar ao sublime, sublimar, transcender. Soltar as cordas musicais. Esticá-las até que as cordas vocais se tornem a 8ª de Mahler, a Thousand, Sinfonia do mil.
Palpita-se, se explode e se liberta de expectativas, aguardos e torcidas para simplesmente ser 1/1000, um em mil.
Veni creator spiritus.
p.s. Se você gostar de chuva... gostar de música... desfrute esta sinfonia de Mahler, a sua 8ª, a sinfonia dos mil, e verá que o nosso tempo parece finito, mas por momentos podemos infinitá-lo.
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