segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Olhar ampliado.
Olhando para frente. Logo ali. Mesmo que o hábito tenha sido o raciocínio científico e as explicações constem no modo de ver.
É possível ver como a expansão de um perfume. Ele penetra.
Costumo cozinhar. Ao terminar cheiro minha blusa e acabo tendo que trocar está cheirando a vapores e gorduras. Mas não vi. Percebi pelo odor.
Poderia ser uma fragrância em flagrante.
Procuro uma imagem para este olhar ampliado, pois as palavras como escreveu V.H. Mãe: “As palavras são objetos magros incapazes de conter o mundo”.
O que está aqui ou lá, que ainda não vejo, cheiro, ouço e nem mesmo me arrepio? Imagino?
Querer saber além ou deixar que aconteça. Talvez possa me permitir questionar: O que emerge?
A vida pode ser distraída ou atenta. Mesmo atentas, nossos sentidos podem ser ampliados. Um olhar para além da retina e até mesmo dos instintos institucionalizados.
Jung, já acrescentou para nós o instinto da criatividade. O que vem a seguir?
Distinguirmos teias? Ampliar seria transcender?
Um nível crítico de humanos está se permitindo abrir-se para além do mental. Deixar-se tocar.
Na falta de palavras, na falta de imagens, recuei ao dizer olhar ampliado, talvez deva escrever um algo, aberto, receptivo ao numinoso?
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