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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


sábado, 15 de outubro de 2011

Fazer análise... Mais que auto estima é um auto presente!

Quando falo em terapia, falo em terapia Junguiana, trata-se de análise. O tratamento analítico poderia ser considerado um reajustamento de atitude psicológica, realizado com a ajuda do médico.

É mais ou menos assim. Temos que fazer escolhas, estas  escolhar são necessárias para todas as competências. Como me relacionar? Com amigos, com parceiro? O que quero ser, onde quero chegar? Que vida quero levar?  Estas escolhas tem um vetor... O sucesso dependerá da sua persistência, regularidade e intencionalidade. Não desisto, sigo este objetivo com regularidade e com intenção. Você provavelmente o conseguirá. Só que se este vetor... foi para um lado, fez opções conscientes, houve um caminho escolhido, este foi às custas de outros.  Não se casa com duas pessoas ao mesmo tempo, não se mora em duas cidades ao mesmo tempo, não se trabalha em duas profissões ao mesmo tempo, ao menos não no mesmo horário. Se escolheste não ter filhos, não terá netos. Se escolher apenas um filho, não os terá dos ambos os sexos. Um vetor objetivado e persistentemente desenvolvido, deixa de lado tanta coisa. Direção implica unilateralidade.
Estas serão esquecidas? Ou ficarão no inconsciente? Seria a minha vida não vivida? Sim, por que a que se está vivendo se conhece.
Então às vezes a gente sente um vazio, um mal estar, uma insatisfação, ou ainda sensações e adoeceres mais trágicos. É o inconsciente se manifestando.

Como acessá-lo? Como conversar com ele? Existem os sonhos, mas como entendê-los? Como saber o que ficou?  É aí que entra a análise, a possibilidade em olhar para sua própria vida e fazer reajustes. Permitir-se viver de forma mais consciente, fazendo outras escolhas, mexer com o seu vetor de forma que se sinta mais satisfeito consigo mesmo.

Mas, sem enganos e auto enganos, a gente aprende a lidar com a vida de forma mais prazerosa, mas a vida do inconsciente produz continuamente situações problemáticas.  Ir a análise comprar a fórmula de não ter mais problemas, certamente não funcionará. Trata-se em aprender a lidar, olhar para, conhecer-se, fazer escolhas, tomar posse de si e não ter respostas mágicas.
Ninguém vai a terapia analítica para se tornar parecido, ou aconselhado a fazer algo pelo analista.
Cada um é um. Cria-se no set terapêutico uma relação diádica, uma conversa em que se procura conhecer e apontar o que o analisando não sabe sobre si, pois: A vida tem que ser conquistada sempre e de novo.
Um problema pessoal não pode se enquadrar em uma norma coletiva, requerendo uma solução individual do conflito, []  ,e não existe aboslutamente nenhuma norma coletiva que posssa substituir uma solução individual, sem perdas.

A oportunidade em conhecer-se, olhar para si, para características suas que não se vê e que possam estar nos incomodando e também outros conteúdos loucos para serem vividos. Isto é análise, uma possibilidade em ampliar a si memos.  A possibilidade em reconhecer e retirar obstáculos desnecessários libera um monte de energia psíquica, libido, e aí... A gente pode escolher como usar esta energia.
Alguns dizem que a análise remoça, talvez ela esteja retirando pesos desnecessários.

Vou parar, o entusiasmo tomou conta, é porque amo ser analisada.
p.s. Frases em itálico são de Jung.

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