Este foi o artigo que apresentei em nossa XIII Jornada Regional de Psicologia do IJRS... colocarei parte deste estudo o trabalho completo está no site do instituto:
www.ijrs.org.br
O título que usei foi:
POSSÍVEIS REPERCUSSÕES DO COMPLEXO MATERNO
NA HISTÓRIA GINECOLÓGICA DA MULHER
Foi um mergulho no capítulo refente ao complexo materno do volume IX/1 das OC: Os arquétipos e o inconsciente Coletivo, com um olhar no texto, um na experiência com mulheres e na própria vivência enquanto filha e mãe.
Sugiro a quem que queira ampliar o seu olhar com respeito a si, sua mãe, seus filhos, seus filhos "mulheres", seus sintomas ginecológicos que façam este caminho.
Inicialmente sugiro encontrar uma locadota que tenha o filme Sonata de Outono de Ingmar Bergman. Existe também o livro.
O primeiro impacto será ver Ingrid Bergman, a atriz de Casablanca, filme de 1942 e este já em 1978, são 36 anos que separam os dois filmes. Esta distância de anos, para quem viu o fillme e lembrá-lo, já nos mostra a transformação da beleza feminina.
|A atriz Liv Hullmann também esteve magnífica.
Mãe e filha... filha e mãe...
Indico este filme. Assistí-lo uma vez trará um sentir, revê-lo... Outras emoções serão acionadas.
No início a gente pode se ver como a filha que se queixa da mãe, mas também poderá entendê-la. Já num outro momento você poderá se ver como a mãe que também tem seus equívocos.
Após este momento em que nos permitirmos nos contextuar enquanto mulheres filhas e talvez mães, a entrada no artigo já se torna diferente. Entra-se no texto como pertencente. Indico sua leitura no site do Instituto.
Pois...
Nas palavras de Ingmar Bergman... Mãe e filha que mistura terrível... De sentimentos, confusão e destruição. Tudo é possível e se faz por amor e por preocupação. As cicatrizes da mãe são passadas para a filha. As falhas da mãe são pagas pela filha. A infelicidade da mãe é a infelicidade da filha. Parece que o cordão umbilical nunca foi cortado. É issso?
e
Ninguém jamais se separa inteiramente da mãe. Após anos de análise e autoconhecimento, somos passíveis de chegar a uma rede de sentimentos que nos une irrevogavelmente à nossa mãe. Ouvimos a sua voz saindo de nossa boca quando falamos com uma criança ou nos deparamos com seu rosto no espelho, numa certa expressão, ou nos sentimos como crianças indefesas e exasperadas na idade de 30, 40 ou 50 anos. As mulheres mais velhas, em particular, dizem: “Estou ficando igual à minha mãe” (KOLTUV, 1997, p.30).