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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


sábado, 14 de maio de 2022

Conversas Informais!

 

Pequenas perguntas, pequenas?

 

A fala era sobre diabete.

A pergunta foi direta e repetida.

Quando foi que perdeste a tua doçura?

Um impacto. Perdi?

O instante.

A resposta se apresentou.

Em sonho se representou.

 

Caminhos possíveis.

O ocorrido.

Acordei mais doce.

Aí lembrei que antes mesmo da pergunta,

Meu netinho ao me dar o beijinho de boa noite...

Rindo e sapeca me deu uma lambidinha.

A doçura!

Atentando aos Sinais

  

 O simples se fez carne!

Com simplicidade se diz, observe, o Universo está sempre sinalizando.

É verdade.                                                                                                                          

Procuro uma  palavra par que eu possa me desculpar. Distrações, ocupações, nuvens densas...

Ou talvez meu neto já tenha dito: “Vamos se esconder”. O grande conselho capaz de trazer um instante para nós dois ficarmos paradinhos, escondidinhos e abraçados.

E, no turbilhão dos instantes a vida escorre de nossas mãos enquanto os sinais, aqui, enquanto sons, setas, avisos, conselhos e partilhas caem do nosso campo de atenção.

Acabo de receber via “Bom Dia”, a resposta: “Inicie o teu dia com música e em Paz. Que cada dia te sinta mais leve.” Da amiga jornalista.

Hoje acordei novamente conversando sobre música. E, fui apresentada Steve Reich, Music for 18 Musicians. Está ali no spotify.

Seguimos com ela. Percebi sua presença constante em nossa vida, um sinal caminho e travessia.

A tão necessária rotina é muito poderosa para me afastar de mim. Saio ao fazer.  Mas, os sinais de instante a instante me chamam a mim.

Hoje, novamente me dispus a aceitar. 

Há três dias recebi um sinal gestual, sei que o apreendi, mas não sei repetir, algo raptou as palavras. Até poderia ser um problema caso ainda acreditasse apenas no racional.  Repito o gesto.

Sei.

Em nosso diálogo matinal opinei... A música vai além da leitura, entra pelo vibracional. O óbvio se fez carne

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Biografias

Biografias

 

 

Pessoalmente, sempre via biografias escritas como algo pertencente aos grandes. E, até muitas vezes enfadonhas.  – O que tenho a ver com isto?

Mas também me defini há muito pouco tempo como “intensa”. Acrescento curiosa e sedenta. Poucas li. Recentemente recebi cartas escritas por mim desde 1973 a minha mãe. Todas guardadas. Então me surpreendi comigo. Quantas dores e alegrias, ambas me levavam a lacrimeja.

Precisarei de muito silêncio e amor para me reler junto ao amor de minha mãe.

Voltando as biografias lidas algumas me tocam profundamente, principalmente pela força em transpassar obstáculos a seus ideais.

Vou resumir. Precisei ajuda de um ombro, abraço, testemunho e benção. Não hesitei, segui o conselho que ficou dentro de mim desde a minha mais tenra idade.

Fui.

Recebi palavras, praticamente não as lembro. Recebi gestos, não racionalizados, mas com a certeza de que foram integrados. E, uma questão: Leste meu livro? Respondi: Não.

Saí imediatamente a comprá-lo, certa de que algo há ali para eu apreender.

Neste pequeno escrito do blog acrescento que no dia seguinte meu parceiro de vida me conta que teria lido há menos de dois dias a biografia de Mozart, o Wolfang. Tinha ficado impressionado com sua vida e dificuldades.

Agora estou com ele a tocar pelo spotify  um concerto para flauta, harpa e orquestra. (K 299). Pequenos e enormes aprendizados se abraçaram.

 A dor transcrita em beleza.

A vida de outrem como modelo de amigar-se com nossos dons e virtudes.

A pequenez dos ditos problemas, considerando serem pertencente à vida. Vincent van Gogh, Beethoven, Elisabeth Kübler-Ross, Mahler, primeiros nomes que me vem, mas andei a pensar numa pessoa que não sei o nome, o que lembro é que assustava as pessoas nas esquinas, falecido, o “Santo Louco”!

E, claro associei com a linha do tempo, minha, tua, nossa.

E, percebi que todas estas histórias estão em todos nós. O óbvio esquecido e necessário para o meu apropriar-me.

            Neste pequeno escrito ressalto: Sim, todas as vidas são importantes, todas nos ensinam e muitas nos espelham espaços nossos que não estamos vento.

E, muito, além disto, o coletivo que nos une, consciente e inconsciente pode nos afastar de nossa verdadeira essência.

Escrevi pouco e sem linhas condutoras, sairei em15 minutos, e quero oxigenar meu blog.

Poderia apenas dizer o Universo Conspira. O tempo todo. E, me revela em cada um de vocês.

Um beijo. 

sábado, 22 de janeiro de 2022

Isolamento e Introspecção

 

 

Isolamento e introspecção

 

Antes que o fugidio pensamento sumisse o segui e anotei.

É chegado o momento interno, quis descrevê-lo, algo mais intenso até mesmo do que o encontro analítico. Aparece o invisível, indizível, uma percepção. Não se conseguiria traduzir apenas com palavras ou gestos, como se algum germe estivesse em aguardo. O tempo solitário. O tempo esquecido.

O segredo como diria Jung.

Procure pelo segredo, aquele que muitas vezes não se expõe nem mesmo na troca terapêutica. Vi e estive frente a espaços sagrados em encontros analíticos tantos meus como de pacientes em terapia.

Não se apresenta pela função consciente, acontece. Quase como uma bolha de ar que aparece sobre uma agua e se liberta .Agora desce em um átimo, o tempo com sua dualidade necessária.

            Aprisionador e libertador. Obviedades que nem mereceriam ser escritas.

Estamos livres dentro de máscaras, um acessório a nosso vestuário, que se ampliado, parece dizer se contenha, frente a algo Maior.

Chega como a lâmina de Zeus, um novo tempo chamado de isolamento, a me condenar a libertação ao germe criativo. Um clarão apontando a existência do propósito.

No rabisco matinal percebi que até mesmo na fala analítica muito vai ao fugidio. A teia é grande e o germe precisa de tempo. Não se trata de resistência, há sim o momento.

Relembro citação anterior “A pressa é do o diabo”.

Agora relativizo ainda mais a dimensão de pressa. O já, pode ser 10 ou 1000 anos...

Fui apresentada ao ócio compulsório, embora com o livro O Ócio Criativo de Domenico De Mais na prateleira.

O criativo não vem do querer ele acontece. Ele impõe restrições.

Reagi. Diversifiquei o fazer. Li muito. Escrevi muito. Arrumei bagunças.. Reencontrei amigos online.

Percebi o bem e o mal no online e lembrei-me do telefone de mesa o quanto era útil e invasivo. Graças a secretárias se conseguiu organizar a vida e trabalhar inteira num parto, cesárea, consulta onde apenas pensamentos interrompiam.

Veio a maravilha do celular e este se especializou da chamada à vídeo chamada e  com elas o livre arbítrio. Escolha o volume, aviso de notificações, e onde deixar o celular. E, agora, cheia de tempo, quando via, estava com o celular na mão. Grata a ele, porém seguidamente distraindo de mim.

Até que dei conta que eu preciso muito de mim. Tenho escolhas e perdas necessárias e que provém de outro espaço.

Tempo. Pressa. Infinito. Há que frequentar do nano segundo a hora ou anos sem predisposição e sem preferências.

Deixa a vida me levar até que eu perceba ela tem seu plano, seu sentido em termos de direção e meta e que só agora me permite pequenos vislumbres.

                                                                                                  Maria Denise