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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


domingo, 23 de outubro de 2011

Deepak Chopra comentando sincronicidade...


       Segundo Jung e muitos outros explicaram, parece que a sincronicidade tem, como um de seus objetivos, uma vez que consigamos reconhecê-la, o aumento de sua frequencia para, talvez, fortalecer nossa crença a respeito de sua existência.
       Existirá algum conhecimento religioso de origem milenar que fale da existência e multiplicação desse tipo e coincidências em nossas vida?, perguntei-me.
       De acordo com a tradição Védica, só há dois sintomas que permitem definir uma pessoa que está a caminho da iluminação.
      Primeiro, a sensação de que as preocupações estão desaparecendo. Não se sente abatida pela vida. As coisas podem ir mal, ma isso já não a molesta mais.
       Segundo: começa a perceber, em cada área de sua vida, um grande número de acontecimentos sincrônicos. As coincidências com significado parecem ocorrer cada vez com mais frequencia. 
      


Quem já não teve uma sincronicidade, uma coincidência significativa?
 Estar em análise Junguiana, permite a partir de uma ampliação de consciência ver as preocupações de outra forma e também perceber sincronidades. Não se procura pela iluminação e sim um caminho, uma estrada à inteireza, um opus em nós mesmos. As tristezas não desaparecerão serão significadas e as alegrias melhor sentidas. Um transcender, uma possibilidade de ver além.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sonhos: Como compreendê-los?

Os sonhos, chamados, por alguns, de lingua esquecida de Deus e, por outros, de mensagens do demônio, durante muito tempo foram considerados bons ou maus presságios do futuro. James A. Hall

Para compreender um sonho pode-se levar intantes, dias, ou talvez uma vida.
Às vezes é óbvio, vem uma mensagem clara.
Às vezes parece idiota.
Às vezes pensamos que é porque encontramos alguém no dia anterior...
Muitas vezes nos enganamos completamente ao tentar entender a mensagem de um sonho.
É importante sabermos que os sonhos são um processo psíquico natural, vem para regular, compensar algum funcionamento equivocado.
Então poderia se dizer que é a linguagem esquecida de Deus, mostrando que o caminho não é bem este? Ou seria o demônio apontando os bons ou maus presságios?
Se tivermos a humildade, regularidade, persistência e começarmos a anotar nossos sonhos, poderemos ver claramente que se trata de um mecanismo de nosso psiquê, apontando nossos caminhos. Parecerá um presságio... Pois sempre aponta para algo que não estamos vendo.
Sem literalizar, sonhar que viu alguém nem sempre vai encontrá-lo. Ser roubado não significa ser roubado em algo material, mas: O que você estaria roubando de si? Sonhar com a morte de alguém, geralmente trata-se de algo em si que deve morrer, mudar. O que? Sonhar com uma viagem, um caminho...O que em ti tem que viajar, mudar de caminho? Sonhar com perder a bolsa, ous documentos? O que está significando esta bolsa para ti? O que tem que ser perdido? Ou descuidado? Ou cuidado? Seus documentos, sua identidade, como estão?  O contexto de vida de cada um interfere na análise de seus sonhos.

Olhar para os próprios sonhos é apaixonante, vejo meus sonhos como um lado de mim que me compensa aponta minhas unilateralidades, permitindo corrigí-las. Sempre que estou olhando para um lado ele mostra o outro.
Bons sonhos! Maus sonhos... Todos são bem vindos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Um diálogo feminino!

Como vai? E ela respondeu: Há vida demais.
Eu sabia exatamente como ela estava se sentindo. As mulheres antigas e modernas, são por antureza vinculadas a um ciclo lunar, às pessoas, ao trabalho e ao Self.
Nós estamos megulhadas na vida. Há um processo interminável.
Bárbara Black Koltub


Mulher: Criativa por natureza!

Somos misteriosas... Somos criativas!
O mistério de dar à luz está basicamente associado a ideia de fiar, de tecer e a complicadas atividades femininas que consistem em reunir certos elementos naturais e dar-lhes nova ordem.
Marie-louise von Franz


sábado, 15 de outubro de 2011

Mulher: será uma criatura mágica, mítica ou apenas mulher?

Uso como título desta  citação, palavras  de Bárbara Black Koltuv. E me permito copiar uma citação, palavras ditas por uma mulher da Abissínia para o antropólogo Frobenius em 1899.Mulheres, sintamos. Exiiste na mulher um certo mistério...
     
        Como pode um homem saber o que é a vida de uma mulher? A vida da mulher é diferente da do homem. Deus ordenou que assim fosse. O homem é o mesmo, desde o momento da circunsição até o momento que definha. Ele é sempre o mesmo, antes ou depois de se unir a uma mulher pel primeira vez. Mas o dia em que uma mulher experimenta o primeiro amor, ela se parte em duas. Nesse dia, torna-se outra mulher.  O homem permanece o mesmo depois do primeiro amor. A mulher é outra depois do primeiro amor. Isso continua acontecendo a vida toda. O homem passa a noite com uma mulher e vai-se embora. Sua vida e seu corpo permanecem os mesmos. A mulher concebe. Como mãe, ela é uma pessoa diferente da mulher que não tem filhos. ela carrega o fruto da noirte por nove meses em seu corpo.. alguma coisa cresce. Em sua vida, cresce algo que nunca mais a deixará. Ela é mãe. Ela é e continua sendo mãe, mesmo que seu filho morra, mnesmo que todos os seus filhos morram. Isso porque carregou a criança debaixo do seu coração. Nem mesmo  quando está morta. Tudo isto o homem desconhece. Ele não sabe de nada. Não conhece a diferença que há antes do amor e depois do amor, antes da maternidade e depois da maternidade. Ele não pode saber de nada. Apenas uma mulher pode saber falar disso. É por isso que não podemos aceitar que nossos maridos digam o que fazer.  Uma mulher só pode fazer uma coisa. Pode respeitar a si mesma. Pode manter-se decente. Ela sempre deve agir em conformidade com a sua natureza.Deve ser sempre virgem e ser sempre mãe. Antes de cada relacionamento amoroso, ela é virgem, e depois de cada relacionamento amoroso, é mãe. É assim que se percebe se ela é uma boa mulher ou não.

Sem literalizar, a virgindade que se refere não se trata apenas de hímen.
Quando li este livro pela primeira vez ... anotei ao lado desta citação: FIEL A SI!

Fazer análise... Mais que auto estima é um auto presente!

Quando falo em terapia, falo em terapia Junguiana, trata-se de análise. O tratamento analítico poderia ser considerado um reajustamento de atitude psicológica, realizado com a ajuda do médico.

É mais ou menos assim. Temos que fazer escolhas, estas  escolhar são necessárias para todas as competências. Como me relacionar? Com amigos, com parceiro? O que quero ser, onde quero chegar? Que vida quero levar?  Estas escolhas tem um vetor... O sucesso dependerá da sua persistência, regularidade e intencionalidade. Não desisto, sigo este objetivo com regularidade e com intenção. Você provavelmente o conseguirá. Só que se este vetor... foi para um lado, fez opções conscientes, houve um caminho escolhido, este foi às custas de outros.  Não se casa com duas pessoas ao mesmo tempo, não se mora em duas cidades ao mesmo tempo, não se trabalha em duas profissões ao mesmo tempo, ao menos não no mesmo horário. Se escolheste não ter filhos, não terá netos. Se escolher apenas um filho, não os terá dos ambos os sexos. Um vetor objetivado e persistentemente desenvolvido, deixa de lado tanta coisa. Direção implica unilateralidade.
Estas serão esquecidas? Ou ficarão no inconsciente? Seria a minha vida não vivida? Sim, por que a que se está vivendo se conhece.
Então às vezes a gente sente um vazio, um mal estar, uma insatisfação, ou ainda sensações e adoeceres mais trágicos. É o inconsciente se manifestando.

Como acessá-lo? Como conversar com ele? Existem os sonhos, mas como entendê-los? Como saber o que ficou?  É aí que entra a análise, a possibilidade em olhar para sua própria vida e fazer reajustes. Permitir-se viver de forma mais consciente, fazendo outras escolhas, mexer com o seu vetor de forma que se sinta mais satisfeito consigo mesmo.

Mas, sem enganos e auto enganos, a gente aprende a lidar com a vida de forma mais prazerosa, mas a vida do inconsciente produz continuamente situações problemáticas.  Ir a análise comprar a fórmula de não ter mais problemas, certamente não funcionará. Trata-se em aprender a lidar, olhar para, conhecer-se, fazer escolhas, tomar posse de si e não ter respostas mágicas.
Ninguém vai a terapia analítica para se tornar parecido, ou aconselhado a fazer algo pelo analista.
Cada um é um. Cria-se no set terapêutico uma relação diádica, uma conversa em que se procura conhecer e apontar o que o analisando não sabe sobre si, pois: A vida tem que ser conquistada sempre e de novo.
Um problema pessoal não pode se enquadrar em uma norma coletiva, requerendo uma solução individual do conflito, []  ,e não existe aboslutamente nenhuma norma coletiva que posssa substituir uma solução individual, sem perdas.

A oportunidade em conhecer-se, olhar para si, para características suas que não se vê e que possam estar nos incomodando e também outros conteúdos loucos para serem vividos. Isto é análise, uma possibilidade em ampliar a si memos.  A possibilidade em reconhecer e retirar obstáculos desnecessários libera um monte de energia psíquica, libido, e aí... A gente pode escolher como usar esta energia.
Alguns dizem que a análise remoça, talvez ela esteja retirando pesos desnecessários.

Vou parar, o entusiasmo tomou conta, é porque amo ser analisada.
p.s. Frases em itálico são de Jung.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tarefa para a vida inteira:

Jung achava que a conquista do desenvolvimento ideal da personalidade era uma tarefa para a vida inteira que nunca se completava, jornada que empreendemos esperançosamente em direção a um destino ao qual nunca chegamos. Anthony Storr

Nos anos 2011... Alguém se propor a uma tarefa para a vida inteira? Nos tempos em que você já estará lendo  o que escrevo agora, já terá consumido uma pipoca de microondas, ou uma massa instantânea, em  que segundos e minutos são muito?
Só que não se está falando do fazer e sim do SER, do desenvolvimento da própria personalidade: do desenvolvimento da personalidade em direção à integração e à saúde mental,  e que esta uma vez alcançada será posteriormente suplantada.
Caminhos curtos, apenas adaptativos para uma adaptação superficial as demandas ou um verdadeiro comprometer-se consigo mesmo... 
Poder consigo mesmo, sem poder, sem aditivos... simplesmente empoderar-se de si.

Solidão! Por que temê-la?

O homem que não insere em sua vida um pouco de solidão jamais desenvolverá sua capacidade intelectual.  De Quincey

Os passatempos e interesses...

Passar horas no facebook, ou no blog, ou na internet, ou correndo, ou caminhando, ou jogando, rindo, trabalhando, ou,ou,ou... tudo nos define.

Os  passatempos e os interesses são frequentemente os aspectos do ser humano que mais claramente definem sua individualidade, e o tornam a pessoa que é.
Descobrir o que realmente interessa a uma pessoa significa estar bem avançado no caminho de compreendê-la. Anthony Storr

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Espírito heróico...

O eu,  o que quero, o que desejo, o que acredito, o eu, eu , eu...

Para o homem ocidental, o ego precisa ser heróico, só o espírito heróico ergue-nos acima do egocentrismo mesquinho. É ele que nos coloca a serviço de um ideal mais elevado e nos da meios para realizar a nossa tarefa evolutiva.
O trabalho do herói é específico: empreender a jornada interior, enfrentar os dragões e gigantes que lá existem e encontrar o tesouro escondido. Robert Johnson.


Bondade, amor e magia...

..., pois poucos sabem que aquilo que os feiticeiros fazem pela magia, alguns homens podem fazer pela bondade, pelo amor e pela coragem. Robert Johnson.

O adoecer infantil!

O pediadra já sabe que quando uma criança está doente, valeria dar uma passadinha na vida familiar:

As crianças são tão profundamente envolvidas na atitude psicológica dos pais, que não é de surpreender que a maioria dos distúrbios nervosos na infância possa ser atribuída a uma atmosfera psíquica perturbadora no lar.  Jung.

Mas como é difícil reconhecermos que estamos irritados ou irados, então a criança faz febre... a gente vai ao pediatra...

Quem é você? Com quem me casei?

O famoso livro "Não sou mais a mulher com quem você se casou", fascina pois aponta para a realidade da mudança diária de cada um de nós.
O amor pressupõe a possibilidade que a gente possa mudar, transformar-se, sempre a caminho de sermos nós mesmos.
Samuel Rogers diz:
Não tem muita importância saber com quem a gente se casa, já que é certo descobrir, na manhã seguinte, que foi com outra com outra pessoa."

Então e a paixão? E o amor? Grande atrativos para que o Cupido faça a sua parte, o resto fica com a gente. Cuidar bem de si e do outro. Mover-se pelo mundo deixando que o outro também se mova. Respeitar-se e respeitar o outro. Por que então é tão difícil? Que tal olharmos para o que esperamos do outro e que ainda não sentimos por nós mesmos? 

O caminho do amor! Sob forma de poesia...

De Rainer Maria Rilke

Terminado o trabalho da visão,
começa o trabalho do coração
sobre todas as imagens aprisionadas dentro de você; pois
você as conquistou, mas ainda não as conhece.
Contemple, ó homem interior, a moça dentro de você! -
criatura extraída de mil naturezas,
criatura apenas arrancada, mas nunca, 
ainda, amada. 

Desta vez vou compartilhar uma foto... mas sem legenda


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Zaratustra nos fala!

Você se acha uma pessoa livre?
O que quero ouvir é seu pensamento predominante, e não que você escapou de um jugo.
Será que você é um daqueles que pôde escapar de um jogo?
Há muitos que jogam fora seu último valor ao jogarem fora sua serviçalidade?
Assim Falou Zaratustra

Sonhos..Olhando com delicadeza!

O melhor é tratar um sonho como se fosse um objeto totalmente desconhecido: deve olhá-lo de todos os lados, tomá-lo nas mãos, levá-lo de cá para lá, despertar todo tipo de fantasias sobre ele, falar dele com outras pessoas. [] Se quisermos, portanto, investigar o nosso ser, os sonhos são os mais adequados. Jung

Talvez possamos dizer o sonho deve ser saboreado para que se mostre como e recebamos a sua mensagem.  Veio-me a imagem de uma mulher... esta também precisa que a tratemos com delicadeza, olhá-la, frertar com ela...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sonhos! Dar-lhes forma...

Nossos sonhos vêm em linguagem própria. 
Uma dica de Jung:




Não é suficiente explicar, em todos os casos, apenas o contexto conceitual do conteúdo do sonho. Muitas vezes impõe-se a necessidade de esclarecer conteúdos obscuros, imprimindo-lhes uma forma visível. Pode-se fazer isto desenhando-os, pintando-os ou modelando-os.

Muitas vezes a mãos sabem resolver enigmas que o intelecto em vão lutou por compreender.

Homem sem sombra!

Existe?

O "homem sem sombra", com efeito é o tipo estatisticamente mais comum, alguém que acredita ser apenas aquilo que gostaria de saber a respeito de si mesmo. Jung.


Cabe decidir...  pois saber mais sobre si mesmo inclui não apenas o que se gostaria de saber, inclui também a parte excluida: A sombra?

sábado, 1 de outubro de 2011

Consciência ampliada e liberdade!


Só podemos dizer que os indivíduos são iguais somente na medida em que eles são amplamente inconscientes, isto é, incoscientes de suas diferenças reais.
Quanto mais uma pessoa é inconsciente, tanto mais ela se conforma aos cânones do comportamento psíquico.
Mas, quanto mais ela toma consciência de sua individualidade, tanto mais acentuada se torna sua diferença em relação aos outros indivíduos e tanto menos corresponderá à expectativa comum.

Além disso suas reações se tornam menos previsíveis. Isto se deve ao fato de que a consciência individual  é sempre mais diferenciada e mais ampla. 

Mas,
quanto mais ampla esta se torna, tanto mais ela perceberá as diferenças e tanto mais se emancipará também das normas coletivas, pois o grau de liberdade empírica será proporcional à extensão da consciência. (JUNG, VIII/2 §344.)

Inconsciente...

Só para que a gente não esqueça da possibilidade de reflexão, repetir a flexão:;

Se tomarmos a sério a hipótese da existência do inconsciente, logo nos daremos conta de que nossa visão do mundo não pode ser senão provisória, pois, se introduzirmos uma alteração tão radical no sujeito da percepção e da cognição, como a que ocorre numa duplicação de componentes dispares como esta, o resultado será uma visão do mundo diferente daquela habitual. Isto, porém, só é possível, se a hipótese do inconsciente for procedente, oque, por sua vez, só pode acontecer, se os conteúdos inconscientes puderem ser mudados em conteúdos conscientes, ou, em outras palavras, se as perturbações exercida pelo inconsciente, isto é, os efeitos de manifestações espontâneas, dos sonhos, das fantasias e dos complexos, se integrarem na consciência pelo processo interpretativo. (JUNG, vol VIII/2, §370.) (Os grifos são meus).

Você já pensou que pode estar com uma visão de mundo mutável? provisória?

Você já pensou que o mundo não é apenas o que para você já é consciente?
Você já pensou que não é o único dono de si, algo a mais se manifesta? Em sonhos, fantasias?
Você já foi possuido por um complexo? A gente perde a compostura, grita, diz coisas que não diria e faz coisas que depois se envergonha? O complexo nos domina.
Você já pensou em olhar para seus sonhos, suas fantasias, seus pitis, suas histerias, seus desequilíbrios, como oportunidades? Oportunidades em integrar estes conteúdos em seu consciente?
Isto nos amplia. Isto é a análise.