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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


domingo, 23 de setembro de 2012

Citando Jung: Alguns pais não sabem o que fazem...

Jung, em §730 Freud e Psicanálise aponta comportamentos mais frequente do que imaginamos ou percebemos...

Os pais que criticam qualquer manifestação de independência emocional de seus filhos, que mimam suas filhas com erotismo camuflado e tirania sentimental, que tutelam seus filhos forçando-os a determinada profissão e a um casamento "conveniente"; as mães que, já no berço excitam seus filhos com exagerado carinho, que transformam depois em bonecos escravos e, ao final, estragam a vida amorosa deles por ciúmes: todos eles, em princípio, agem como aquele estúpido e grosseiro camponês. (citado no caso)
Eles não sabem o que estão fazendo; não sabem que, sucumbindo à compulsão, eles a passam aos filhos, tornando-os escravos dos pais e do inconsciente.
Esses filhos continuarão vivendo por longo tempo na esteira dos pais, mesmo que estes já tenham falecido. "Não sabem o que fazem".
O inconsciente é o pecado original.

A força do destino... citando Jung


Se alguém estiver disposto a ver uma força demoníaca do destino em ação pode vê-la nestas lúgubres e silenciosas tragédias que acontecem lenta e dolorosamente nas almas doentes de nossos neuróticos.

Alguns libertam-se passo a passo, lutando constantemente contra os poderes invisíveis, das garras do demônio que empurra os incautos de um destino cruel para outro; outros se levantam e conquistam aa liberdade para serem, depois novamente engolidos pelos antigos meandros da neurose.

... Quando nós, normais, examinamos nossa vida, percebemos que uma mão poderosa nos guia, sem errar, para nosso destino;  e nem sempre esta mão é bondosa.  §727 de Freud e Psicanálise.

Em nota de rodapé:
"Entretanto, cremos ser donos de nossos atos a qualquer momento.
Mas quando olhamos para o passado e comparamos os passos infelizes com os bem sucedidos, não entendemos como pudemos fazer ou deixar de fazer alguma coisa; até parece que uma força estranha guiou nossos passos. Por isso diz Shakespeare:
Fate show thy force: ourselves we do not owe;
What is decreed must be, and be this so.

***

Destino, mostra a tua força: Nós não nos pertencemos;
O que foi decretado deve ser, e que assim seja.  




Citação Junguiana: A importância do pai no destino do indivíduo

Ducunt volentem fata, nolentem trahunt - Os que têm vontade, o destino os conduz; os que não têm, o destino os arrasta.

Jung iniciou o §693 de Freud e Psicanálise: A importância do pai no destino do indivíduo, com a citação acima.  Segue dixzendo:
O relacionamento com os pais é, de fato, o canal infantil por excelência por onde flui de volta a libido ao encontrar obstáculos na vida posterior e por meio do qual revive os conteúdos psíquicos da infância, já há de muito esquecidos.
Segue: Sempre é assim na vida humana: quando voltamos para trás diante de um obstáculo grande demais, de uma decepção muito ameaçadora ou do risco de uma decisão muito importante, então a energia acumulada para resolver a tarefa flui de volta e tornar a encher os leitos, os sistemas obsoletos do passado.

no §701 continua

O tentar encobrir o problema familiar e a absorção do afeto negativo do caráter dos pais pode, sem dar na vista, fixar-se bem no íntimo da pessoa sob a forma de inibições e conflitos que ela mesma não entende.
...Naturalmente, a fonte de perturbação infantil de adaptação é o relacionamento afetivo com os pais. É uma espécie de contágio psíquico, causado, como sabemos, não por verdades lógicas, mas por afetos e suas manifestações corporais. No tempo de formação mais intensa, isto é, do primeiro ao quinto ano, todas as características essenciais que cabem exatamente no molde dos pais já se desenvolveram; pois como nos ensina a experiência, os primeiros sinais do futuro conflito entre a constelação dos pais e a autonomia individual ocorrem, via de regra, antes do quinto ano.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Algo ainda não descoberto...

Uma citação de Jung

Chamamos o inconsciente de um "nada"e no entanto ele é uma realidade in potentia: o pensamento que pensaremos, a ação que realizaremos o mesmo destino de que amanhã nos lamentaremos já estão inconscientes no hoje. 
O desconhecido que o afeto descobre, sempre esteve aí e mais cedo ou mais tarde se apresentaria à consciência.
Por isso devemos contar constantemente com a existênca de algo ainda não descoberto.
§498 OC IX/I


Releia esta citação...
O que isto implica?
Mas o parágrafo continua...
Podem ser, como dissemos, qualidades desconhecidas de caráter.
Podem manifestar-se também possibilidades futuras de desenvolvimento, talvez numa explosão emocional, que transforma radicalmente uma situação.
...



Complexo materno!

Este foi o artigo que apresentei em nossa XIII Jornada Regional de Psicologia do IJRS... colocarei parte deste estudo o trabalho completo está no site do instituto: www.ijrs.org.br

O título que usei foi:

POSSÍVEIS REPERCUSSÕES DO COMPLEXO MATERNO

NA HISTÓRIA GINECOLÓGICA DA MULHER


Foi um mergulho no capítulo refente ao complexo materno do volume IX/1 das OC: Os arquétipos e o inconsciente Coletivo, com um olhar no texto, um na experiência com mulheres e na própria vivência enquanto filha e mãe.
Sugiro a quem que queira ampliar o seu olhar com respeito a si, sua mãe, seus filhos, seus filhos "mulheres", seus sintomas ginecológicos que façam este caminho.

Inicialmente sugiro encontrar uma locadota que tenha o filme Sonata de Outono de Ingmar Bergman. Existe também o livro. 
O primeiro impacto será ver Ingrid Bergman, a atriz de Casablanca,  filme de 1942 e este já em 1978, são 36 anos que separam os dois filmes.  Esta distância de anos, para quem viu o fillme e lembrá-lo, já nos mostra a transformação da beleza feminina.
|A atriz Liv Hullmann também esteve magnífica.
Mãe e filha... filha e mãe...
Indico este filme. Assistí-lo uma vez trará um sentir, revê-lo... Outras emoções serão acionadas.
No início a gente pode se ver como a  filha que se queixa da mãe, mas também poderá entendê-la.  Já num outro momento você poderá se ver como a mãe que também tem seus equívocos.

Após este momento em que nos permitirmos nos contextuar enquanto mulheres filhas e talvez mães, a entrada no artigo já se torna diferente. Entra-se no texto como pertencente. Indico sua leitura no site do Instituto.
Pois...
Nas palavras de Ingmar Bergman... Mãe e filha que mistura terrível...  De sentimentos, confusão e destruição. Tudo é possível e se faz por amor e por preocupação. As cicatrizes da mãe são passadas para a filha. As falhas da mãe são pagas pela filha. A infelicidade da mãe é a infelicidade da filha. Parece que o cordão umbilical nunca foi cortado. É issso? 
e
Ninguém jamais se separa inteiramente da mãe. Após anos de análise e autoconhecimento, somos passíveis de chegar a uma rede de sentimentos que nos une irrevogavelmente à nossa mãe. Ouvimos a sua voz saindo de nossa boca quando falamos com uma criança ou nos deparamos com seu rosto no espelho, numa certa expressão, ou nos sentimos como crianças indefesas e exasperadas na idade de 30, 40 ou 50 anos. As mulheres mais velhas, em particular, dizem: “Estou ficando igual à minha mãe” (KOLTUV, 1997, p.30).

O retorno!

Estive afastada.  A vida nos chama para diferentes momentos e olhares. Dizer que não tive tempo? Não. Apenas tive que fazer escolhas. Estive no Congresso da AJB e em julho tivemos nossa jornada  do IJRS. Leituras, afazeres e lazeres.
Então hoje vou postar algo para partilharmos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Essências Grifadas da leitura de Amit Goswami...

Folheando A Janela Visionária de Amit cito como forma de reflexão:

...  Essa interação, de acordo com a ciência, dependeria de uma troca de energia; mas, de acordo com a lei de conservação da energia, a energia do mundo é uma constante.

***
...Deus está imanente em toda parte, todas as coisas estão interconectadas e vivas em espírito.

***
Eis, então, a minha tese; se adotarmos a consciência como a base do ser, transcendente, una, auto referente em nós - é o que os mestres espirituais de todo o mundo ensinam -, é possivel apaziguar o debate sobre o quantum e resolver os paradoxos.
***

O Universo é um jogo da consciência

***
A fé é
reinterpretada,
 não como crença cega neste ou naquele sistema de conhecimento,
mas como intuição a ser seguida por meio de um compromisso de
observar, de investigar.

***

Seria amar um ato criativo?

***
Você consegue imaginar alguém saltando de um degrau mais alto de uma escada para o degrau de baixo sem passar pelo espaço entre os degraus?

***

... Você escolhe a realidade de acordo com o modo como encara.
...O matemático John von Neumann disse... a consciência escolhe - nós escolhemos - onde um elétron vai se manifestar em cada evento.

***

Você começa a suspeitar que a fonte da sua felicidade espiritual pode muito bem ser você mesmo, exatamente como dizem as tradições espirituais.

***
Observe o nível de silêncio que há dentro de você. As suas ações brotam mais frequentemente das profundezas do silêncio interior, ou você continua com a tendência materialista de se expandir horizontalmente por meio de ações desnecessárias?

***
... testemunhar os pensamentos...

Sonhos...

Alguns acham que eles não tem importância.
Lembrei, trouxe um sonho bobo, sem nexo...
Outros logo tentam interpretá-los ao pé da letra.
Sugiro respeitá-lo. O sonho é uma mensagem do inconsciente.
Reverencio-o.
Então como olhar para ele? Com respeito, de forma imaginal. Que imagem ele te tráz?  Qual o movimento mostra? Há movimento? Há ação? O que em tua vida você não está vendo e o sonho pode estar apontando? Para aonde ele te leva? Cabe rodeá-lo como uma dança, olhá-lo sobre vários prismas, não interpretá-lo e sim aprender a sentí-lo. O que o inconscient eme trouxe neste sonho?
Não esqueçamos sonhos são fugidios... Até a tarde talvez você não lembre mais dele e com isto se esvai também parte da possibilidade de consciência e transformação.

Só para pensar...Nosso anseio espiritual!

Relendo a Janela Visionária de Amit Goswami encontro citados por Dr. Deepak Chopra:

A verdade vos libertará. Cristo
A vida sem exame não vale a pena ser vivida. Sócrates
Tu és Isso, eu sou Isso, e tudo é Isso. Upanishades

Questiono e

O olhar analítico?
É preciso integrar, fazer consciência.






domingo, 29 de abril de 2012

O Instituto Junguiano do Rio Grande do Sul apresenta...

e nos presenteia com um BLOG  de altíssimo nível.
Só para estimular copio o pensamento do dia...
A frase do dia publicada em 27 de abril de 2012 pela Analista Joyce foi a seguinte citação de Jung:

“O principal objetivo da terapia psicológica não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas sim ajudá-lo a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

Seguir o blog certamente trará ao seguidor pérolas de grande qualidade para a alma.
http://ijrs.org.br/blog/






Quando a gente deixa a alma nos guiar ela nos leva a lugares... A gente percebe que existe um para quê e nem se questiona a existência ou não de um porquê.

Bem, fui atingida pela flecha de Eros? Como saber? Fui.
O que comentar? Assisti a brilhante palestra de Amartya Sen, Nobel de Economia indiano e um dos idealizadores do IDH -Índice de Desenvolvimento Humano.

...Liberdade é ter meios para alcançar coisas.
... Não ter acesso à educação, saúde, etc, é pobreza e privação da liberdade...
...Precisamos começar a pensar no efeito das nossas ações nas outras culturas. Temos um pensamento provinciano...

Foram em torno de três horas em que o foco saiu do próprio eu para a humanidade. O anfiteatro da UFRGS lotado de pessoas ouvindo, participando e conhecendo a visão do premiado com o Nobel com respeito as causas da pobreza, da fome e da injustiça.


Cogumelo Gestão Criativa: Qual a Alma de seu negócio?


Recebi um e-mail com slides da Empresa Gestão Criativa e ele começa com o questionamento:
Qual a alma do seu negócio?
Acesse o link da empresa: http://www.cogumelogc.com.br/,


Foi aí que encontrei Jung. Empresa, negócio tem alma? Marca tem alma? Alma enquanto essência?
Seria este o diferencial de grandes negócios, empresas, pessoas, colocarem sua alma?
Estarímos falando de envolvimento, estaríamos falando de plenitude?
Muitas vezes já ouvi: A gente tem que amar aquilo que faz. Acredito que todos devem concordar que encontrando um sentido e significado no que fazemos ele cria alma.
Então parabéns a empresa Cogumelo Gestão Criativa que coloca a leitura Junguiana e faço uma pequena citação de Hillman:
... reabrir questões da alma e abrir a alma para novas questões...
...- que a alma está sem cessar falando de si mesma em motivos sempre recurrentes e em variações sempre novas, como a música; que a alma é incomensuravelmente profunda e só pode ser iluminada por insights, clarões numa vasta caverna de incompreensão; e que, num reino da alma, o ego é insignificante.





domingo, 15 de abril de 2012

Contra o tempo... Filme de Duncan Jones

Assisti o filme Contra o tempo, diretor Duncan Jones, atores Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan e Vera Farmiga.
Trata-se de uma ficção em que um soldado volta aos últimos oito minutos de vida de uma determina pessoa, um programa chamado "código-fonte". Ele tem uma missão e para isto lhe é permitido voltar repetidamente a estes 8 minutos. Aí ele entra na pessoa de outro e não consegue sua missão, ele é encaminhado novamente, erra novamente, entra... e assim vai até que cumpre a sua missão.
Imaginemos se tivéssemos esta oportunidade de repetirmos, repetirmos até que acertemos.
Será que não a temos? 
Este filme mexeu comigo, o que de tudo isto é ficção? 
Talvez muitos de nossos para quê tenham a ver com significados maiores, missões, sentidos.

E ainda  nosso grau de desconhecimento pode estar chamando de ficção algo ainda desconhecido.
Sei lá, fiquei tocada.

A questão do para quê?

Por quê isto, por quê aquilo? As causas...  Mas existe um sentido... um para quê. Cabe olhar para os acontecimentos de nossa vida e questionar: Para quê me aconteceu isto?


Citando Jung:
Considerada sob  um ângulo causal e histórico, a origem da figura do "trickster" é praticamente incontestável.

Tanto na psicologia como na biologia, não podemos negligenciar ou subestimar a resposta à indagação acerca do porquê de uma manifestação, embora em geral ela nada nos ensine sobre seu sentido do para quê, pois é só através da resposta a ela que o sentido do fenômeno se revela.

Até mesmo na patologia, quando se trata de lesões insignificantes, a observação exclusivamente
causal mostra-se inadequada, uma vez que inúmeros fenômenos patológicos só revelam seu sentido quando inquirimos quanto a seu propósito.

Mas quando se trata de fenômenos normais da vida, a questão do para quê tem prioridade inquestionável.  §465, Arquétipos e Inconsciente coletivo.















quarta-feira, 4 de abril de 2012

A casca para a bergamota e a Persona!

Uma esfriada, um sol de inverno, uma lembrança de infância facilmente coloca-nos frente a uma bergamota. Descascá-la... Retirar aquela casca perfumada e perfeita... para chegar a fruta.

Pensei em olhar para o significado da casca para a fruta: Enfeita, protege e o seu perfume a identifica.  Bendita casca que protege o fruto.

e
Persona?
O que é isto?
Persona, é o nome que chamamos a nossa casca de defesa e também o modo como nos apresentamos no mundo, nossas características...Algo desejável, desde que... não grude e de que se consiga retirar... Estar sempre com ela poderá impedir de sentir o sabor da fruta, da essência. 

Jung;
Ao analisarmos  a persona, dissolvemos a máscara e descobrimos que, aparentando ser individual, ela é no fundo coletiva; em outras palavras, a persona não passa de uma máscara da psique coletiva. No fundo, nada tem de real; ela representa um compromisso entre o indivíduo e a sociedade, acerca daquilo  que "alguém parece ser: nome, título, ocupação, isto ou aquilo. de certo modo, tais dados são reais; mas, em relação à individualidade essencial da pessoa, representam algo de secundário, uma vez que resultam de um compromisso no qual outros podem ter uma quota maior do que o indivíduo em questão. § 246 OC VII/2

quinta-feira, 29 de março de 2012

Puerilidades...

Jung...
Parece ser brasileiro e viver em 2012...
§479 Arquétipos e Inconsciente Coletivo:

A opinião desastrosa de que a alma humana recebe tudo de fora por ter nascido tabula rasa é responsável pela crença errônea de que em circunstâncias externas normais o indivíduo está em perfeita ordem. 
Ele espera sua salvação do Estado e responsabiliza a sociedade por sua própria ineficiência.
Pensa que o sentido da existência seria atingido se o seu sustento lhe fosse fornecido de graça a domicílio, ou se todos possuíssem um automóvel.
Essas puerilidades e outras semelhantes ocupam o lugar da sombra que se tornou inconsciente, mantendo-a nesse estágio.
Sob a influência desses preconceitos, o indivíduo sente-se dependente por completo de seu meio, perdendo a capacidade de introspecção.
Assim sendo, a sua ética é recalcada pelo conhecimento daquilo que é permitido, proibido ou oferecido.

Se o parágrafo ficou longo... fiquemos com:  Onde está minha capacidade de introspecção?

Psicoterapia Junguiana - Psicoterapia Profunda



A psicologia analítica não é apenas mais uma terapia. Ela é apropriadamente chamada de psicologia profunda, pois ela leva ao aprofundando de nosso autoconhecimento.

Conectamos com nossas sombras:
Jung... A sombra constitui problema de ordem moral que desafia a personalidade do eu como um todo, pois ninguém é capaz de tomar consciência desta realidade sem dispender energias morais. Mas nesta tomada de consciência da sombra trata-se de reconhecer os aspectos obscuros da personalidade.
Este ato é a base indispensável para qualquer tipo de autoconhecimento e, por isso, via de regra, ele se defronta com considerável resistência.

Enquanto, por um lado, o autoconhecimento é um expediente terapêutico, por outro lado, implica, muitas vezes , um trabalho árduo que pode se estender por um largo espaço de tempo. §14

Sombras podem ser compreendidas ou projetadas, parecendo ser de outro.
Mas...
Como se sabe, não é o sujeito que projeta, mas o inconsciente. Por isso não se cria a projeção; ela já existe de antemão. A consequencia da projeção é um isolamento do sujeito em relação ao mundo exterior, pois em vez de uma relação real o que existe é uma relação ilusória.
As projeções transformam o mundo externo na concepção própria, mas desconhecida.  §17



  ****

Quanto mais leio Jung, mais me apaixono, não apenas por sua obra, mas pela possibilidade que tráz ao homem,a partir deste aprofundar-se, em conhecer seu lado luz e sombra, pessoal e projetado, caminhar rumo a si, não de forma individualista e sim humanista. Pemitir o render e curvar-se ao essencial.

O trágico de uma vida... Citando Jung.

Minha vida foi desperdiçada... Tudo deu errado... Os outros fizeram de minha vida...


O que Jung diz:

Muitas vezes é trágico ver como uma pessoa estraga de modo evidente a própria vida e a dos outros, e como é incapaz perceber até que ponto essa tragédia parte dela e é alimentada progressivamente por ela mesma. Não é a sua consciência que o faz, pois esta lamenta e amaldiçoa o mundo desleal que dela se afasta cada vez mais. Pelo contrário, é um fator insconsciente que trama as ilusões que encobrem o mundo e o próprio sujeito. Na realidade, o objetivo desta trama é um casulo em que o indivíduo acabará por se envolver.  AION,§18

De sã consciência como alguém estragaria a própria vida?  
... essa tragédia parte dela e é alimentada progressivamente por ela mesma.
Não é a sua consciência que o faz,

Cabe lamentar e amaldiçoar?    o mundo desleal que dela se afasta cada vez mais.

Que fator inconsciente é este? Qual o objetivo? Para que? Encobre?   Na realidade, o objetivo desta trama é um casulo em que o indivíduo acabará por se envolver.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A fala um instrumento curativo...

June Singer escrevendo sobre a "fala" inicia com um poema de Blake...

****
Fiquei com raiva de meu amigo:
Falei de minha cólera, a minha cólera passou.
Fiquei com raiva de meu inimigo:
Calei-me, minha cólera aumentou.

****

 Complementa dizendo que poder por para fora, usufruir do ato de falar
...É comunicar para um outro ser humano a verdade de quem você é; é colocar-se diretamente em risco, expor a própria jugular.

e
deixar de...
Deixar de realizar este ato é depreciar-se, julgar que tem pouco valor como pessoa, reprimir a tal ponto o que há para ser dito que chega enfim a ficar como água sem vida, estagnada.
Sem essa espécie de comunicação, a pessoa se fecha sobre si mesma, torna-se temperamental, doente ou deprimida.
Abrir-se com uma outra pessoa é um ato que gera vida, como foi no início quando você saiu do útero.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Menopausa: e agora? Um contemplar a partir da Psicologia Junguiana

Olhar para a mulher em menopausa e seus sintomas como forma de ver além do ponto de corte, em que antes existia a possibilidade de menstruar e reproduzir e agora poderão surgir sintomas incomodativos.
Ao abordar esse período de vida, através da Psicologia Junguiana, percebe-se que não se trata apenas de uma perda e sim de um novo começo - uma oportunidade a uma nova consciência do Ser Mulher.

Este trabalho pode ser lido na íntegra no site do INSTITUTO JUNGUIANO DO RIO GRANDE DO SUL
http://www.ijrs.org.br/

O símbolo que usei foi  o diamante...
Uma oportunidade...                               

Apresentei como minha Conclusão:

Ver a menopausa apenas como um ponto final à reprodução e menstruação, um momento fisiológico feminino, com ou sem sintomas, parecia muito simplificado. Havia diferenças entre sintomas, entre mulheres, os quais poderiam estar apontando algo a mais. No prólogo de seu livro, Mankowitz (1987, p. 07) diz: “[...] também me esquivava de uma percepção consciente da menopausa como um acontecimento psicossomático específico da meia idade”. A partir da leitura Junguiana, começa-se a questionar, olhar pelos sintomas rodeando-os, e se cria um movimento de valoração à menopausa como um momento integrativo.


Os questionamentos e a procura por símbolos trouxeram a imagem de um fogo que movimenta, mobiliza, incomoda, quase empurra a mulher para uma transformação. Encontrou-se que existe um Princípio Feminino com sementes ainda desconhecidas, não germinadas que aguardam essa transição. A mulher valorizou, supervalorizou e honrou muitos de seus princípios, mas junto com a menopausa veio o calor e a água e é chegada a hora de germinar. Um germinar agora, não para o outro ou para o mundo exterior e sim o seu próprio germinar interior.

Os sintomas chegam, algumas mulheres os sentem mais enquanto outras têm uma sintomatologia menor. Oportuniza-se uma transformação. Trata-se de uma benção, o inconsciente trazendo sintomas, capazes de apontar para o novo motivo. Inicia-se o retorno a si mesma - um caminho que assusta, amedronta, mas que poderá ser percorrido por 25 a 30 anos e que pode e pede para acontecer de forma integrativa. Fazer uso ou não de hormônios tornou-se secundário e relativizado. O importante será ver essa crise - essa idade crítica - como uma oportunidade de diamante.

Percebe-se que a mulher, ao demonstrar todos os seus maus humores, seus discordares, nem sempre esteve sob o poder de algo maligno: “Se a mulher está psiquicamente em ordem e funciona de acordo com as leis internas de seu ser, pode permitir-se essa característica de maldade instintiva e feminina sem que se trate do animus negativo.” (VON FRANZ, 2009, p. 65).

Conforme Bonaventure, “Nada é definitivo, não pretende definir nada, apenas evocar.” (2000, p. 09). Evocar a menopausa como um período natural e a possibilidade de olhar para seus sintomas além do simples término de hormônios. Deixar em aberto a possibilidade e/ou necessidade de fazer a Terapia de Reposição Hormonal. Iluminar com a psicologia Junguiana a procura de símbolos, nos sintomas.

Uma evocação que traz uma invocação ao conhecer-se. Trata-se de uma transição em que se renuncia à juventude, à fertilidade e ao poder sexual. É preciso ampliar o conhecimento sobre o princípio feminino, visto que a mulher pós-menopausa ainda é mulher.

Conteúdos psíquicos se apresentam também nesse período em sintomas físicos: “Reconhecer os sintomas somáticos como símbolos de iniciação facilita o processo de transformação.” (PRÉTAT, 1997, p. 67). Alguns sintomas são fisicamente reais e fazem parte de um adoecer; esses pedem por tratamentos e muitas vezes fazem parte do que se chama de tarefas liminares tardias.

Assim, o presente trabalho, em que se olhou para a menopausa sob a luz da psicologia Junguiana, bendiz a idade crítica como uma oportunidade para que a mulher possa transitar por mais duas ou até quatro décadas, podendo olhar para os estereótipos colocados sobre ela, agora de forma consciente, respondendo:

Esta sou eu. Tenho medo de ficar louca, enrugar, envelhecer, não ser mais desejada, ficar frígida. Eu queimo, suo, reclamo, acordo, enraiveço, aceito-me, vingo-me de ti e de mim, faço justiça, transformo-me naquela que sou, tenho a minha própria natureza e a honro.

Pretende-se, pois, a partir desta leitura, apontar à mulher uma atitude positiva em relação a si mesma na menopausa, como forma de fazer desse período uma experiência evolutiva, apesar dos conflitos e incertezas, sem a ilusão do retorno à juventude, nem da ideia de que tudo termina aí.

Mulheres são fadas e bruxas. Existe a bela e jovem, a princesa, a plebéia, a mãe, a não mãe, a saudável e a doente física ou psíquica, a operária, a desempregada, a casada ou solteira - todas são mulheres e todas trazem um ponto de encontro essencial.

A disparidade entre as mulheres e suas menopausas é grande. Diante disso, conclui-se com a mensagem de Mankowitz:

[...] se pudermos assimilar as sombras do passado e aceitar as realidades do envelhecimento, podemos achar que a menopausa, embora seja uma passagem difícil e exigente da vida adulta, pode também ser uma época de integração psicológica e crescimento, de aumento de forças e sabedoria especificamente feminina. [...] Os ingredientes vitais de tal sabedoria são compreensão e senso de humor, atributos não comumente associados, na época atual, a mulher no período pós-menopausa, mas que tradicionalmente representam um fator de liberação na vida da mulher. (1987, p. 141).

A menopausa chega e seus sintomas estarão a serviço do princípio feminino, umedecendo as sementes que vem contribuindo para que a mulher se torne o que veio para Ser, o seu si-mesma.

Ver a menopausa apenas como um ponto final à reprodução e menstruação, um momento fisiológico feminino, com ou sem sintomas, parecia muito simplificado. Havia diferenças entre sintomas, entre mulheres, os quais poderiam estar apontando algo a mais. No prólogo de seu livro, Mankowitz (1987, p. 07) diz: “[...] também me esquivava de uma percepção consciente da menopausa como um acontecimento psicossomático específico da meia idade”. A partir da leitura Junguiana, começa-se a questionar, olhar pelos sintomas rodeando-os, e se cria um movimento de valoração à menopausa como um momento integrativo.


Os questionamentos e a procura por símbolos trouxeram a imagem de um fogo que movimenta, mobiliza, incomoda, quase empurra a mulher para uma transformação. Encontrou-se que existe um Princípio Feminino com sementes ainda desconhecidas, não germinadas que aguardam essa transição. A mulher valorizou, supervalorizou e honrou muitos de seus princípios, mas junto com a menopausa veio o calor e a água e é chegada a hora de germinar. Um germinar agora, não para o outro ou para o mundo exterior e sim o seu próprio germinar interior.

Os sintomas chegam, algumas mulheres os sentem mais enquanto outras têm uma sintomatologia menor. Oportuniza-se uma transformação. Trata-se de uma benção, o inconsciente trazendo sintomas, capazes de apontar para o novo motivo. Inicia-se o retorno a si mesma - um caminho que assusta, amedronta, mas que poderá ser percorrido por 25 a 30 anos e que pode e pede para acontecer de forma integrativa. Fazer uso ou não de hormônios tornou-se secundário e relativizado. O importante será ver essa crise - essa idade crítica - como uma oportunidade de diamante.

Percebe-se que a mulher, ao demonstrar todos os seus maus humores, seus discordares, nem sempre esteve sob o poder de algo maligno: “Se a mulher está psiquicamente em ordem e funciona de acordo com as leis internas de seu ser, pode permitir-se essa característica de maldade instintiva e feminina sem que se trate do animus negativo.” (VON FRANZ, 2009, p. 65).

Conforme Bonaventure, “Nada é definitivo, não pretende definir nada, apenas evocar.” (2000, p. 09). Evocar a menopausa como um período natural e a possibilidade de olhar para seus sintomas além do simples término de hormônios. Deixar em aberto a possibilidade e/ou necessidade de fazer a Terapia de Reposição Hormonal. Iluminar com a psicologia Junguiana a procura de símbolos, nos sintomas.

Uma evocação que traz uma invocação ao conhecer-se. Trata-se de uma transição em que se renuncia à juventude, à fertilidade e ao poder sexual. É preciso ampliar o conhecimento sobre o princípio feminino, visto que a mulher pós-menopausa ainda é mulher.

Conteúdos psíquicos se apresentam também nesse período em sintomas físicos: “Reconhecer os sintomas somáticos como símbolos de iniciação facilita o processo de transformação.” (PRÉTAT, 1997, p. 67). Alguns sintomas são fisicamente reais e fazem parte de um adoecer; esses pedem por tratamentos e muitas vezes fazem parte do que se chama de tarefas liminares tardias.

Assim, o presente trabalho, em que se olhou para a menopausa sob a luz da psicologia Junguiana, bendiz a idade crítica como uma oportunidade para que a mulher possa transitar por mais duas ou até quatro décadas, podendo olhar para os estereótipos colocados sobre ela, agora de forma consciente, respondendo:

Esta sou eu. Tenho medo de ficar louca, enrugar, envelhecer, não ser mais desejada, ficar frígida. Eu queimo, suo, reclamo, acordo, enraiveço, aceito-me, vingo-me de ti e de mim, faço justiça, transformo-me naquela que sou, tenho a minha própria natureza e a honro.

Pretende-se, pois, a partir desta leitura, apontar à mulher uma atitude positiva em relação a si mesma na menopausa, como forma de fazer desse período uma experiência evolutiva, apesar dos conflitos e incertezas, sem a ilusão do retorno à juventude, nem da ideia de que tudo termina aí.

Mulheres são fadas e bruxas. Existe a bela e jovem, a princesa, a plebéia, a mãe, a não mãe, a saudável e a doente física ou psíquica, a operária, a desempregada, a casada ou solteira - todas são mulheres e todas trazem um ponto de encontro essencial.

A disparidade entre as mulheres e suas menopausas é grande. Diante disso, conclui-se com a mensagem de Mankowitz:

[...] se pudermos assimilar as sombras do passado e aceitar as realidades do envelhecimento, podemos achar que a menopausa, embora seja uma passagem difícil e exigente da vida adulta, pode também ser uma época de integração psicológica e crescimento, de aumento de forças e sabedoria especificamente feminina. [...] Os ingredientes vitais de tal sabedoria são compreensão e senso de humor, atributos não comumente associados, na época atual, a mulher no período pós-menopausa, mas que tradicionalmente representam um fator de liberação na vida da mulher. (1987, p. 141).

A menopausa chega e seus sintomas estarão a serviço do princípio feminino, umedecendo as sementes que vem contribuindo para que a mulher se torne o que veio para Ser, o seu si-mesma.
































O fuso... Mulheres ora enfeitiçadas ora ferinas

Novamente em leitura de Marie Louise...

Agulhada, picada, fuso, o espinho, algo que perfura... que provocam algo...
Psicologicamente, uma palavra picante pode efetivamente matar. A observação mordaz constitui a agressividade habitual tanto das mulheres quanto da anima. As mulheres geralmente não batem porta ou praguejam, mas lançam alguma observação sutil, doce e perfurante, é o ferimento da feiticeira que atinge precisamente o ponto fraco do outro.


Mas algumas vezes este fuso...


... O fuso é particularmente perigoso quando o voltamos contra nós mesmos: como ele não se manifesta no exteriornão pode ser apreendido. Insidiosamente sem que a vítima se aperceba, ele a destrói.

No dia a dia podemos ouvir... não acredito em mim, nada vai dar certo, não dou para isto, eu era burra, nunca me casarei, não tenho auto-estima...

São convicções: Esta convicção autodestrutiva, adquirida  na primeira infância, é aceita por natural e, consequentemente, nunca é objeto de uma crítica pessoal, ou de uma discussão com alguém, e nem mesmo foi manifestada de uma forma ou de outra, senão por mal-estares e traços de comportamento: apatia, falta de energia e de alegria de viver, fracassos repetidos, etc.

Se a própria mãe não reconhece seu valor enquanto mulher, transmitirá involuntariamente essa convicção íntima à sua filhinha.

Então embora enfeitiçadas e adormecidas, princesas picadas... 
Podemos... continuar picando outros e a nós mesmos e manter este sofrimento ou...  
Podemos, mas precisamos?

Mulheres que parecem rosas sem espinhos necessitam seu urso...

De  Marie -Louise von Franz;

Se não é justo para uma mulher copiar um homem, é igualmente malsão que ela seja por demais unilateralmente feminina, pois corre o risco de ficar à margem da via e ser incapaz de enfrentá-la.
É por isso que esse mundo materno, em que tudo é tão amável e macio e onde as rosas não tem espinhos, precisa mesmo de um urso!


Ele chega na rudeza do inverno. Possui uma bondade natural e mostra-se doce com as meninas, mas, quando captura o anão, não hesita em matá-lo com um pontapé.
... sabe o momento exato em que deve passar à ação e terminar, uma vez por todas, com uma situação absurda.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Citação de Jung

O texto do Arquétipo materno é um dos mais importantes que li.  Em  os aspectos positivos do complexo materno, trago para reflexão:  O homem deveria dar atenção ao sábio conselho da mãe e obedecer à lei inexorável da natureza que delimita todo o ser. Jamais deveria esquecer que o mundo existe porque os seus opostos são mantidos em equilíbrio. O racional é contrabalançado pelo irracional e aquilo que se planeja, pelo que é dado. § 175.

E nada otimista...mas real, no que se refere a  um complexo: Um complexo só é realmente superado quando a vida o esgota até o fim. Aquilo que afastamos de nós devido ao complexo, deveremos tragá-lo junto com a borra, se quisermos desvencilhar-nos dele. §184.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Filosofia alquimista...

Só para aguçar...

Houve uma filosofia "alquímica" precursora vacilante da moderna psicologia. seu segredo é a "função transcendente" e a transformação da personalidade através da mistura e fusão de elementos nobres  e vulgares , das funções diferenciadas e inferiores do consciente e inconsciente. Carl. G. Jung.

Talvez um dos segredos da vida seja em não nos esquecermos dos nossos elementos vulgares e inferiores como essenciais a receita..

domingo, 29 de janeiro de 2012

Ser mãe...

O materno é um aspecto do arquétipo feminino que precisa ser elaborado no desenvolvimento da mulher, seja através da maternidade física ou não.
Marion Gallbach

Estou refletindo e pretendo estcrever sobre este aspecto do desenvolvimento feminino então, se você quiser escrever algo para mim, se participei ou não de seu sonho, planejamento de gestação, se te acompanhei em tua gravidez, física ou não no período em que exerci obstetrícia. Se estive contigo em gestação, parto ou cesárea e quiseres escrever algo, basta apertar no "´comentários" no final desta  postagem.
Questiono;

Você mulher... o que tem a dizer sobre:
Meu desejo de engravidar...
Meu diagnóstico de gravidez...
Minha relação na gravidez...
Minha gravidez...
Meu parto...ou cesárea...
O primeiro olhar, contato com o bebê?
O amamentar?
Meus exames, alegrias, medos, coragens... Que mulher eu era?  Como me sentia? Como me senti? Que mulher me tornei? Algo mudou? O quê?


E você que não teve getação física, como responderia a estas perguntas em seu processo gestacional criativo?   E você homem como responderia... Com respeito a sua gravidez física ou não?

Sacrifício: significa tornar-se sagrado!

Como? Afinal somos treinados a fugir deste.... Sigo então citando Marion Galbach para que criemos um espaço reflexivo:

Sacrifício significa tornar-se sagrado. Portanto é o "preto", escuro, que é sagrado para reações de corpo profundas, que não podem ser controladas, apontam para algo além da vontade, algo de poder além do humano.
Nossos sentimentos de depressão, de perda, a sensação de nossa natureza mais escura, o sombrio, os complexos, as limitações são o chão, a base da personalidade única e individual.
Tentar diminuir tais experiências, sair desses complexos, racionalizá-los, seria também perder nossa possibilidade para a terra, para o corpo psíquico.
Essas limitações formam nossa terra psíquica, o chão no qual as coisas se materializam, acontecem e se tornam substanciais e no qual as experiências de vida podem se ligar.
A percepção de nossos limites e limitações são o solo materno sobre o qual nos apoiamos; e estando embasados, estamos intimamente conectados com a experiência e os benefícios do solo.

...Afinal: A Mãe-Terra, como base materna de nossa vida, é conectada com a matéria.  
Então olhar para o caos de forma diferente: ...não se livrar tão rapidamente de sentimentos caóticos, pois com isso também se perderiam suas formas, sendo melhor conter e até nutrir o caos para que suas formas possam surgir.

Talvez  possamos dizer que do carvão nasce o diamante e quanto ao problema... possamos dar um Welcome... e vê-lo como oportunidade... 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Transformação e projeção!

Quase 2 meses sem bloggar...
Então como ensaio de intensificar novamente...
Nos vemos através dos outros. Vemos, concordamos ou discordamos, avaliamos e experimentamos através dos outro. O outro é lindo, maravilhoso, chique, desajeitado, pouco valor, mau... Tem duas caras... Elogia-se e critica-se na maioria das vezes coisas nossas que vemos nos outros.

Então a possibilidade em

Todo aquele que experimenta o mundo à sua volta sem projeções , vive uma autêntica transformação que se estende literalmente para além de si mesmo;
Vê o mundo de modo novo, muito mais próximo da realidade. James Wyly.