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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


domingo, 31 de janeiro de 2016

Anos na vida!


A vida é curta! Anos voam ou nos distraímos demais? Somos seres entretidos e desatentos a passear pelos anos?

Há poucos dias conversando e brincando com crianças uma me disse: Já?  

E seguimos...

Para as coisas boas passa rápido e a pequena de 5 anos foi entrando na conversa e  percebi que o quanto ela já sabe com respeito a relatividade do tempo. Esperar demora e brincar passa rápido... Fomos seguindo e quase em filosofia falamos da Natureza do tempo.

Estou novamente relendo um livro, e em 07 de fevereiro de 1997, deixei dedicado a ele as seguintes palavras: Existem livros que aguardam pacientemente pela hora de serem lidos. Ele já estava comigo por pelo menos dois anos. Bem, reabro após novos 18 anos.  Tenho o hábito de rabiscar e conversar com os livros, este, internamente está praticamente virgem, alguns pontinhos, porém agora, ele está de papo comigo.  Agora, vinte anos depois, muitos caminhos distintos percorridos talvez seja o momento deste entendimento. Quiçá!

Somos sim, seres distraídos que acreditamos termos nascido para passear por um parque de diversões, ou um Éden de direito adquirido e deixamos passar preciosidades, enquanto escolhemos caminhos coloridos. Enquanto isto ALGO nos acorda.

Retomo a vida é curta? O que importa? Se é que é? E quando termina? Termina? Sabemos tão pouco.   Talvez, o que importe, seja perceber um significado para a  vida, aqui e no agora mutante, junto ao Universo maior.



 

 

Sonhos trazem notícias!


Sonhos trazem notícias! Deixar o sonho bailar?

 

O que queremos é sonhar com os anjinhos, mas nem sempre é isto que acontece. Eles trazem imagens, movimentos, visitas, enredos, e, emoções. Tocam-nos com medo, alegria, coragem de herói, nos levam a dançar e também a fugir. Contam de nós a nós mesmos.

 
Caímos na tentação em interpretá-los e com isto pode-se perder a essência.

Nesta noite tive um sonho, não posso trata-lo com desrespeito, trata-se de uma mensagem à psique consciente. Ele me colocou frente a uma verdade de vida e senti muito medo. Nele recebi a visita de minha primeira analista, que sentou frente a cama enquanto eu a colocava a par de meus estudos e escritos, como quem deixa seu legado, visitei colega e compartilhei meu sentir.

Acordada e ainda imersa eu passeio por partes dele. E acordada? O que eu pensava que sentiria nesta situação? E olhando para os sonhos da semana, o que os deuses, ou ainda, o inconsciente estaria querendo mostrar, complementar, corrigir em minha ideia consciente e limitada? Percebo que há um tema.  

Foi uma noite intensa e com potencial transformador. Há que se ter cuidado para não literalizar e com isto perder a essência, tirar a crisálida do casulo antes desta se tornar borboleta.  

O caminho carinhoso aos sonhos e com paciência e atenção.  Eles dão notícias e  muitas vezes nos atualizam de nós mesmos.  Acordados, deixemos que suas imagens bailem a nossa frente. uma bailado, muitas vezes sem cores, mas, com imagens e emoções que falam de nós para nós mesmos.