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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


sábado, 19 de novembro de 2011

Contos de Fadas!



 Mas...Contos de fadas são para crianças.      
Será? Apenas para elas?

Mesmo pensando assim, que tal brincar um pouco? Iniciar tentando lembrar-se de algum conto de sua infância que não tenha esquecido. Você ainda está preso a ele? Ele ainda te toca, afeta? Envolve? Eles acordam em nós mesmos imagens que tem a ver com a gente.

Sempre sofri muito com Joãozinho e Mariazinha, madrastas sempre me assustaram. Perder-me numa floresta. Um conto de fada leva a gente a pensar na gente e na nossa vida, em nossas necessidades, em nossa sobrevivência, em nossos aspectos patinho feio, nossos aspectos desprezados muitas vezes por nós mesmos. Aprendi que havia príncipe, princesas, mas também sapos e dragões. Tive medo da casinha de palha de um porquinho, mas soube que existia a possibilidade de fazer uma mais forte. O lobo engolir a vovozinha, já me mostrava em tenra idade que devia me cuidar com os estranhos, hoje presentes por trás da webcam e nos muitos sites de internet.

Eles nos inspiram, eles nos mostram que existe e existirão sempre novas necessidades em nossas vidas. Não dizem direto com o dedo do conselho impositivo, trata-se do personagem no conto, o animal, o rei, a rainha, os modelos... Modelos presente em minha vida e que algumas vezes necessitam ser atualizados.

Não se pode levar a vida sem nos modificarmos, nos contos sempre tem uma tarefa. Assim como na vida, existe um enredo, uma tarefa, períodos difíceis e de sofrimento, tem um tempo para que as coisas sejam transformadas, ora pelos heróis, ora pelo fator tempo.

A gente se vê enfeitiçado outras vezes encantados...

Mas temos que nos libertar, assim como na vida. A fantasia do conto nos aponta para possibilidades.

Bem, agora vou ler um conto. Afinal ainda tenho dentro de mim uma criança que quer brincar e uma adulta em eterna necessidade em se transformar.

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