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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


sábado, 22 de junho de 2013

Conhecendo-se através da leitura de escritos de Jung

Longo parágrafo de Jung, com grifos para reflexão:


Existe ainda um grande obstáculo para a apreciação correta da psique humana, que talvez seja ainda mais significativo do que os anteriores. Trata-se de uma experiência reservada principalmente ao médico, na qual se constata que a desvalorização da psique e outras resistências semelhantes com relação à apreensão psicológica baseiam-se, em sua maioria,
no medo e pânico, das possíveis descobertas que possam ser feitas no campo inconsciente.
Esse medo não invade apenas aqueles que se assustaram com as descobertas do inconsciente feitas por FREUD. O próprio pai da “psicanálise” o experimentou tendo, por isso, não apenas de afirmar sua teoria sexual como  um dogma como também de postular que a psicanálise consiste no único baluarte da razão contra uma possível “irrupção da maré negra do ocultismo”. Com isso, FREUD, exprimiu a sua convicção de que o inconsciente ainda teria muito a esperar, o que poderia provocar interpretações ‘ocultistas’, como de fato ocorre.
Existem certos  “restos arcaicos” relacionados aos instintos que constituem suas formas arquetípicas.
Sua principal característica é um medo numinoso e eventual.
Essas formas são indeléveis, pois constituem o próprio fundamento da psique. Nenhuma estratégia intelectual é capaz de apreendê-las e quando, por acaso , alguma de suas formas de manifestação se vê destruída, elas reaparecem numa “forma  alterada”.
O medo da psique inconsciente é o obstáculo mais árduo no caminho do autoconhecimento e também no entendimento e abrangência do conhecimento psicológico.
Por vezes é tamanho, que nem sempre se consegue confessá-lo.
Essa questão deveria ser considerada com seriedade por todo homem religioso, pois ela poderia lhe fornecer uma resposta iluminadora.   JUNG, Presente e Futuro. Petrópolis, Vozes, 2008.   (OC X/1  §530)

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