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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


terça-feira, 11 de junho de 2013

O indizível com Beethoven


Às vezes, inquietos estamos a procura de algo indizível e invisível.
 
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Procuramos por chaves que nos levem a respostas.
 
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Chaves que nos levem as perguntas que somos incapazes de formular.
 
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Existem três pontes
entre o visível o invisível são
os mitos, a música e matemática.
 
 
A música? Você pode começar com pequenos acordes, melodias ou ir para a letra da música, cantor, trejeitos, batidas.
A música que me refiro é a que vem transcendendo os anos e trazendo mensagens, nas entrelinhas é a música clássica.
Ouvindo as últimas três sonatas de Beethoven, com sua leveza ficamos com nossa respiração contida e podemos viajar com as notas e acordes.
O silêncio acontece como uma necessidade pessoal.
Enquanto as notas matematicamente e suavemente são dedilhadas pelo pianista que interpreta a mensagem do mestre.
Mestre que já estava completamente surdo.
Podemos nos encontrar  com a alma na mão e serenidade no peito. Desaparece o pensamento e inicia-se a sentir, silenciar, entrar, sair, estar num além de si, estar conectado com um invisível.
É arte.
É entrega.
É uma experiência de transcendência, onde o simples pensar nos desconecta, só tem um caminho, render-se a sonoridade.
E, em se rendendo, viver!
O acesso a que me refiro é as três sonatas para piano, de Beethoven Op. 109, Op. 110, e Op.111.
Com o coração vibrante, aceite viajar dentro de sua obra máxima, a Nona Sinfonia.
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Beethoven dizia: 
Tenho de exprimir, tenho de escrever o que oprime o meu coração.
 
 
Deixou como dedicatória em sua missa solene:
 
Tendo saído do coração, possa ela atingir o coração.
Sua quinta sinfonia foi considerada: o novo testamento da religião da música – a história da luta do homem contra o destino e da vitória do homem guiado pelo céu.
É o poema épico da peregrinação do homem do sofrimento para a sabedoria, da sabedoria para a coragem, da coragem para a esperança e desta para a vida eterna.
Com respeito à nona sinfonia diz-se que a sua surdez não teria sido nem acidente, nem tragédia, mas sim:
 
O amanho do solo para o florejar do gênio.
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Calaram-se para ele os sons da terra a fim de que, no meio do silêncio, pudesse captar as harmonias do céu.
Harmonias que significaram a unidade do todo:
A unidade do gênero humano numa fraternidade de amor. 
Somente o amor universal pode transformar e redimir o mundo.
 
 
 
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns Dê! pela beleza e grandiosidade do texto. Fiquei com uma grande vontade de viajar com a música de Beethoven. Não só a música, ou a história deste grande artístaé indizível mas o teu texto é de uma delicadeza indescritível. Bjs claise

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