Às vezes, inquietos estamos a procura de
algo indizível e invisível.
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Procuramos por chaves que nos levem a respostas.
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Chaves que nos levem as perguntas que somos
incapazes de formular.
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entre o visível o
invisível são
os mitos, a música e matemática.
A música?
Você pode começar com pequenos
acordes, melodias ou ir para a letra da música, cantor, trejeitos, batidas.
A música que me refiro é a que vem transcendendo os anos e trazendo mensagens,
nas entrelinhas é a música clássica.
Ouvindo as últimas três sonatas de Beethoven, com sua leveza ficamos com nossa respiração contida e podemos viajar com as notas e acordes.
O
silêncio acontece como uma necessidade pessoal.
Enquanto as notas
matematicamente e suavemente são dedilhadas pelo pianista que interpreta a
mensagem do mestre.
Mestre que já estava completamente surdo.
Podemos nos encontrar com a alma na mão e serenidade no peito. Desaparece o pensamento e inicia-se a sentir, silenciar, entrar, sair, estar num além
de si, estar conectado com um invisível.
É arte.
É entrega.
É uma
experiência de transcendência, onde o simples pensar nos desconecta, só tem um
caminho, render-se a sonoridade.
E, em se rendendo, viver!
O acesso a que me refiro é as três sonatas para piano,
de Beethoven Op. 109, Op. 110, e Op.111.
Com o coração vibrante,
aceite viajar dentro de sua obra máxima, a Nona Sinfonia.
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Beethoven dizia:
Tenho de exprimir, tenho de escrever o que
oprime o meu coração.
Deixou como dedicatória em sua missa solene:
Tendo saído do coração, possa ela atingir o
coração.
Sua quinta sinfonia foi
considerada: o novo testamento da
religião da música – a história da luta do homem contra o destino e da vitória
do homem guiado pelo céu.
É o poema épico da peregrinação do homem do
sofrimento para a sabedoria, da sabedoria para a coragem, da coragem para a
esperança e desta para a vida eterna.
Com respeito à nona sinfonia
diz-se que a sua surdez não teria sido nem acidente, nem tragédia, mas sim:
O amanho do solo para o florejar do gênio.
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Harmonias que significaram a
unidade do todo:
A unidade do gênero
humano numa fraternidade de amor.
Somente o amor universal pode transformar e redimir o mundo.
Um comentário:
Parabéns Dê! pela beleza e grandiosidade do texto. Fiquei com uma grande vontade de viajar com a música de Beethoven. Não só a música, ou a história deste grande artístaé indizível mas o teu texto é de uma delicadeza indescritível. Bjs claise
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