Biografias
Pessoalmente, sempre via
biografias escritas como algo pertencente aos grandes. E, até muitas vezes
enfadonhas. – O que tenho a ver com isto?
Mas também me defini há muito
pouco tempo como “intensa”. Acrescento curiosa e sedenta. Poucas li. Recentemente
recebi cartas escritas por mim desde 1973 a minha mãe. Todas guardadas. Então me
surpreendi comigo. Quantas dores e alegrias, ambas me levavam a lacrimeja.
Precisarei de muito silêncio e amor
para me reler junto ao amor de minha mãe.
Voltando as biografias lidas algumas
me tocam profundamente, principalmente pela força em transpassar obstáculos a
seus ideais.
Vou resumir. Precisei ajuda de um
ombro, abraço, testemunho e benção. Não hesitei, segui o conselho que ficou
dentro de mim desde a minha mais tenra idade.
Fui.
Recebi palavras, praticamente não
as lembro. Recebi gestos, não racionalizados, mas com a certeza de que foram integrados.
E, uma questão: Leste meu livro? Respondi:
Não.
Saí imediatamente a comprá-lo, certa
de que algo há ali para eu apreender.
Neste pequeno escrito do blog acrescento
que no dia seguinte meu parceiro de vida me conta que teria lido há menos de
dois dias a biografia de Mozart, o Wolfang. Tinha ficado impressionado com sua
vida e dificuldades.
Agora estou com ele a tocar pelo spotify
um concerto para flauta, harpa e orquestra. (K 299). Pequenos e enormes
aprendizados se abraçaram.
A dor transcrita em beleza.
A vida de outrem como modelo de
amigar-se com nossos dons e virtudes.
A pequenez dos ditos problemas,
considerando serem pertencente à vida. Vincent van Gogh, Beethoven, Elisabeth
Kübler-Ross, Mahler, primeiros nomes que me vem, mas andei a pensar numa pessoa
que não sei o nome, o que lembro é que assustava as pessoas nas esquinas,
falecido, o “Santo Louco”!
E, claro associei com a linha do
tempo, minha, tua, nossa.
E, percebi que todas estas
histórias estão em todos nós. O óbvio esquecido e necessário para o meu apropriar-me.
Neste pequeno escrito ressalto: Sim,
todas as vidas são importantes, todas nos ensinam e muitas nos espelham espaços
nossos que não estamos vento.
E, muito, além disto, o coletivo
que nos une, consciente e inconsciente pode nos afastar de nossa verdadeira essência.
Escrevi pouco e sem linhas
condutoras, sairei em15 minutos, e quero oxigenar meu blog.
Poderia apenas dizer o Universo
Conspira. O tempo todo. E, me revela em cada um de vocês.
Um beijo.