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Objetiva o autoconhecimento como forma de lidar de modo criativo com nossos problemas.

São eventos capazes de ajudar-nos a encontrar caminhos para nossas vidas.

Médica em Carazinho- RS desde 1984, hoje exerce ginecologia e psicoterapia junguiana.


sábado, 9 de junho de 2018

O nós como salvação!

Estou lendo Jane Fonda. Leitura fácil. Leitura gostosa. Leitura com pequenas associações entre duas palavras, pequenas frases que me levam a interromper no final do capítulo, pela profundidade na simplicidade o que leva um tempinho para apreender. O tema é simples e para mim, a vida em seu terceiro ato. Os meus (teus) sessenta anos em diante, até quando for (mos). O livro que estou lendo é emprestado. Penso que ele apareceu para mim há dois anos recomendado por minha amada analista que começava a lê-lo. Mas o Universo Sempre Conspira, e uma amiga também o lia. E, agora estou com o dela, lendo lenta e cuidadosamente sem rabiscar. Então anoto partes. Só que, nem eu mesma entendo minha letra. Anotei este trecho para repassar. E como mulher aos amados homens, parceiro, amigos e irmãos. Então, rabisquei assim e compartilho também via web: Leia. Releia. Reflita. Presenteie. Todas as pessoas vêm ao mundo como seres interativos, mas desde cedo muitos homens, se não a maioria, são condicionados a se afastar dos próprios sentimentos e achar a sua identidade na dominação e na independência, e não no afeto e comunhão. Li em algum lugar que “os homens têm um medo grande de que se tornar ‘nós’ apagará seu ‘eu’, seu senso de individualidade”. Para a maioria das mulheres, o “eu” é sempre meio poroso, enquanto o “nós” é a salvação. Esta linda passagem de um todo muito maior que parece responder por muito da contemporaneidade. Por que solidão? Isolamento? Tristezas? Depressões? Decepções? Como estou condicionada (o), como condiciono sem perceber meu filho? Até mesmo como entender um homem, criado pelo mundo da mãe, do pai, do coletivo? Como estou com a minha interatividade? Não estamos nos perdendo em comportamentos como: Pedidos de diálogo: Amor, precisamos conversar. Ou ainda: Um encontro fortuito, noturno repleto de intimidade sexual que vem seguido por uma total ausência de contato. O que fiz de errado que não existe dia seguinte? Afinal, o que eu quero, enquanto mulher, e enquanto homem, não seria interagir, um ‘nós’? E como lidar com este medo ‘condicionado’ que me parece estar dia a dia maior? Se a vida com amigos, parceiros e intimidade aumenta o grau de saúde e longevidade, não estaria aí a resposta para a maior morbidade e menor longevidade masculina na falta de intimidade? Que venha o ‘nós’. Nós contigo, nós comigo, ‘nós’ com muitos, com poucos. Hoje tirar a roupa do corpo e partilhar ou não, um ou múltiplos orgasmos é normal. O encontro verdadeiro, possibilitar um “nós” está ameaçado. ...Enquanto isto a robótica se especializa em robôs sexuais. Será só comprar. E a interatividade entre as pessoas? A intimidade? Vamos namorar, jantares, ouvir música, velas, parcerias? Vamos iniciar o “nós”?‘

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