Nos tempos de hoje a cultura é a do prazer. A dor é vista como algo a fugir, não se precisa sentir dor. Dor é visto como algo a ser evitado. Um mundo com tecnologia e evolução em que o prazer é visto como meta, valorizando apenas o lado dito bom da vida.
Questiona-se com respeito à qualidade de vida? É apenas conforto?
E a tão falada paz? Quando podemos realmente avaliar se temos paz?
E a felicidade? Como me responder se realmente sou feliz?
Quais são as minhas expectativas? E dentre estas existem as realizadas, as realizáveis e as inalcançáveis?
Costumava dizer que as pequenas e grandes coisas boas que acontecem na vida das pessoas, logo são guardadas na gaveta, esquecidas. E, ao contrário as ruins serão mexidas e remexidas e sempre que possível tentamos nos livrar delas o mais rápido possível.
Hoje sei que o diamante está justamente na dor. Não se trata de masoquismo, de procurar a dor e sim de quando em tristeza e dor encontrar o diamante que está ali, a lição a ser aprendida, a energia a ser liberada. Perceber que faz parte da inteireza - do Ser Inteiro. Faz parte da dança. Se numa hora é só prazer em outra se pode estar só com a dor.
O prazer engravida, mas o sofrimento faz parir.
William Blake
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